quarta-feira, 6 de junho de 2007

A Maria...

A Maria é uma grande amiga, actualmente vive em Londres. Não a vejo há cerca de cinco anos. Nesse período de tempo falamos ao telefone apenas em duas ocasiões a ultima das quais á duas semanas. Quando o telefone tocou, foi com surpresa que ouvi a sua voz:

- Olá Sufer! Disse ela divertida. Reconheci imediatamente a sua voz e só ela me trata por Sufer.

- Maria! Respondi com alguma emoção.

- Meu safado está tudo bem contigo? Perguntou.

- Agora melhor. Respondi, ela riu, continuei: cinco anos sem dizeres nada, pensei que te tivesses perdido em Londres.

- Sabes como é… outro ritmo de vida, nem damos conta do tempo passar. Disse continuando: Para teu prazer informo que vou passar uns dias a Portugal.

- Bem-vinda, confesso que já tinha saudades tuas. Retorqui. Sonora gargalhada do outro lado.

- Chego domingo… e fico em tua casa! É que vou com uma amiga e não queria ficar em casa dos meus pais e tu é o meu melhor amigo. Disse.

- E deixas o teu melhor amigo praticamente sem notícias durante cinco anos… Rica amiga. Respondi rindo.

- A verdadeira amizade é aquela que sobrevive á maior barreira: o tempo. E depois sempre respeitamos os nossos silêncios… Disse. Rimos os dois.

- Tens razão. A que horas chegas no domingo?

Ela disse a hora. Fiquei de ir busca-la ao aeroporto.

Conheço a Maria á uns vinte anos. Ela tinha doze anos quando foi morar para a minha rua. Éramos vizinhos. Lembro-me bem da miúda magricela, de andar desajeitado e aparelho nos dentes que ensinei a andar de bicicleta. Temos uma diferença de quatro anos. Em dois anos mudou muito. Aos quatorze já era uma mulher feita. A partir dessa altura andava sempre atrás de mim. Era a filha única do casal Miranda, penso que via em mim um irmão mais velho. Pela minha parte confesso que nessa altura era assim que a via, como a irmã cassula. Era uma miúda determinada, comigo iniciou-se no surf. Primeiro em Carcavelos, depois no Guincho e em Ribeira d’Ilhas. Era a menina do grupo. O nosso talismã.

No ano em que fez dezoito anos envolvemo-nos fisicamente. Há muito que existia entre nós um clima de desejo. O seu corpo estava no auge, transpirava sexo por todos os poros. As pernas longas, o belo rabo em forma de coração. A forma de andar. O cabelo preto pelos ombros e o rosto de menina travessa exercia em mim uma forte atracão.

Foi numa festa em casa da Bé e da Zinha duas irmãs que conhecia da faculdade. Viviam sozinhas em Queluz, os pais eram emigrantes em França, e organizavam as melhores festas dos meus tempos de faculdade. Começavam de tarde e acabavam de madrugada, quase dia. Sempre com muita musica, comida e bebida não faltava e alguma erva… o sexo era garantido! Pelos dois quartos da casa, naqueles anos, passaram muitos casais ocasionais.

Algumas perderam a virgindade naqueles lençóis. Foi o caso da Maria.Ambos queríamos, o desejo que sentíamos um pelo outro estava no máximo. Nesse sábado quando chegamos já a farra tinha começado. Eram 19 horas. Até as 22 horas dançamos, comemos e bebemos. Depois o desejo falou mais alto, levei-a para um dos quartos. Beijamo-nos enquanto a despia, ela nervosa tremia. Não compliquei. Beijei-lhe o peito enquanto acariciava o seu túnel peludo. Estava no ponto. Deitei-me por cima dela e penetrei com suavidade e firmeza aquele túnel apertado e delicioso. Ela gemia, não sei se de prazer ou dor. Aumentei a intensidade e ritmo de penetração enquanto me deliciava com os seus mamilos. Durou uns quinze minutos. Olhei-a nos olhos enquanto me vinha dentro dela. Vi uma lágrima rebolar no canto dos seus olhos. Ficamos abraçados uns minutos ouvindo o som dos Van Halen que vinha da sala. Despertamos para a realidade quanto alguém bateu na porta dizendo:

- Já está? Preciso do quarto…

Vestimo-nos e cobrimos o lençol sujo de sangue com a colcha. Saímos e misturamo-nos na confusão que reinava na casa. Não ficamos muito mais tempo. Fomos de mota para minha casa. Entrei em casa pela porta da cozinha e esgueiramo-nos para o meu quarto. Já passava da meia-noite. Os meus pais dormiam… Nessa noite tivemos a nossa primeira maratona de sexo.

Nesse ano em que terminei a faculdade e nos dois anos seguintes mantivemos uma relação muito chegada. Nunca nos preocupamos em definir o tipo de relação que tínhamos. Saímos juntos duas ou três vezes por semana, saídas que regra geral acabavam em maratonas de sexo em minha casa em São João do Estoril. Nessa altura já vivia sozinho e ela estava na faculdade de belas artes. Tinha talento e a ambição de ser pintora. Com o passar dos anos as nossas saídas nocturnas foram se espaçando cada vez mais. A última vez que saímos foi uns dias antes de ir para Londres. Ligou para mim:

- Sufer, vou para Londres daqui a dois dias. Vou tirar um curso, fico por lá seis meses. Disse, concluindo: temos de nos despedir condignamente. Fomos ao Coconuts, em Cascais. Era a sua discoteca preferida e terminamos a noite na minha cama. Dessa noite retenho os olhares silenciosos, como que procurando nos meus olhos respostas para as suas interrogações. Nessa noite não foi só sexo, foi também amor e paixão.
Não foram seis meses. Ficou por lá cinco anos, agora ainda que por breves dias tinha a oportunidade de revê-la.

Cheguei ao aeroporto á hora prevista de chegada do seu voo. Eram 8:30 de domingo. Tomei um café com um pastel de nata. Comprei o jornal e preparei-me para esperar. Ao fim de quarenta minutos via sair. Estava como a cinco anos atrás. Belas pernas e curvas generosas. Só o cabelo estava diferente. Pintado de cor cobre. Com ela vinha uma rapariga duns 20 anos. Alta, magra e loira, com uma carinha de anjo.

- André! Gritou quando me viu e correu para mim. Acabamos abraçados sem antes trocarmos um beijo.

- Que fizeste ao teu cabelo? Perguntou enquanto passava a mão na minha cabeça rapada.

- Pente zero! Agora uso assim… e tu? Cabelo pintado! Estas bem, muito bonita. Respondi.Rimos. Atrás dela estava a amiga, parecia divertida com a situação. Sorria como se percebesse de que falávamos.

- Esta é a Melanie a minha amiga. Disse por fim.

- Olá, André. Disse eu para a Melanie estendendo a mão.Para minha surpresa ela apertou a mão e beijou-me nos lábios.

- Prazer. Disse em inglês fazendo um belo sorriso.

- Vamos, tenho o carro aqui perto. Disse ajudando a levar as malas para o carro.

- Ainda tens o Golf cabriolet? Perguntou a Maria.

Disse que sim, mas estava com o carro da empresa. Sempre havia mais espaço para a bagagem. Arrumamos as malas no carro e partimos rumo a cascais.Quanto chegamos minha a casa, estava meter a chave na porta, ouvi musica. Tinha me esquecido por completo da Patrícia, a minha vizinha que esporadicamente “dorme” na minha cama. Tarde demais. Quando abri a porta estava ela seminua na sala a dançar. Tinha acabado de tomar banho e tinha a toalha a cobrir o rabo e as pernas.

- Olá Pati, esta é a minha amiga Maria e a melanie. Disse fazendo as apresentações.

- Olá, prazer… desculpa André não sabia que tinhas visitas, saíste sem dizer nada. Disse a Pati já recomposta da surpresa, continuou: fiquem a vontade já estou de saída, moro no andar de baixo.E dirigisse para a porta assim com estava. Seminua.

- Era aconselhável que te vestisses primeiro. Disse rindo.

- Ai que vergonha! Respondeu, estava visivelmente atrapalhada. Correu para o quarto.

Com a Paty de saida mostrei a casa, em particular o quarto que tinha preparado para elas.

- Não venho atrapalhar nada…? Disse a Maria numa alusão á Paty.

- Claro que não, conheces-me... És a única que me fazia mudar de vida. Respondi rindo.

- Pois… tretas! Retorquiu. Rimos.- Fiquem a vontade. É domingo, descansem da viagem. Tenho almoço de família e só volto a noite. Há comida no frigorífico e podes usar o meu carro a vontade. Disse entregando a chave de casa e do carro.

- Obrigada Sufer. Vamos descansar depois logo vemos. Respondeu enquanto se abraçava a amiga.

Quanto cheguei a casa já passava da meia-noite. Elas pareciam dormir, tal o sossego. Já no quarto, deitado quase adormecer pareceu ouvir gemidos e risinhos. Estaria a sonhar? Penso que não…Levantei a hora de sempre 6:30 da manhã, nos dias de trabalho. Tenho o hábito de dormir nu e assim andar pela casa quando me levanto. Quase me assustei ao vê-la sentada na cozinha. Não me lembrava que tinha visitas.

- Bom dia Sufer. Não mudas…Disse ela.

- Bom dia. Continuo em forma, não é? Respondi na brincadeira.

- Estás bem. Já não me lembrava que te levantavas tão cedo… vamos dar um giro por aí. Disse ela justificando-se.

- Fiquem a vontade. Só preciso de fazer a barba e tomar um banho. Respondi tirava a agua do frigorifico.

- A melanie está a tomar banho, mas aposto que não se importa com a tua presença. Disse sorrindo. Conheço aquele sorriso. Está a querer dizer alguma coisa. Bebi o meu copo de água matinal. Disse antes de sair.

- Não se importa, é? Então vou fazer a barba. Ela riu-se.

Bati á porta da casa de banho e entrei sorrindo. Ela ensaboava-se debaixo do chuveiro. Admirei o belo corpo quase adolescente. Alto e esquio, cintura e ancas finas e um delicioso par de mamas que se projectava no ar rompendo o espaço.

- Posso? Tenho de fazer a babar… Disse.

- Podes tomar banho comigo e depois fazer a babar. Respondeu sorrindo para mim.

Não estava surpreendido com a proposta, o sorriso da Maria dava a entender. Mas fiquei excitado com a possibilidade que se oferecia.

- Tens a certeza? Disse enquanto me juntava a ela no duche. Ela disse que sim. Avancei.

Na realidade prefiro tomar banho antes de fazer a barba. Com a água quente os poros ficam mais dilatados e facilita o corte. A água quente faz maravilhas e o corpo dela também. Estava já com o membro completamente erecto. Ela com o a vontade britânico tomou a iniciativa e ensaboou-me todo antes de ir directa ao “assunto”. Eu deliciava-me com a maciez da sua pele, com a sua beleza e com aquelas mamas divinas! Com as mãos percorri todos os recantos do seu corpo antes de me fixar por alguns minutos na sua con_a. Depois ajoelhou-se e mamou desesperadamente no meu membro. Que delicia de mamada! Por momentos esqueci tudo… Ela com a mão afagava o seu clítoris. Gemia. Enquanto eu gritava de prazer.

- Come! Come! … Disse ela.

Tirei o pénis da sua boca e levantei-a. Encostou-se a parede, peguei na sua perna esquerda pelo joelho e levantei-a a altura do meu peito. Depois penetrei-a com vigor. Ela gritava de prazer. Revirava os olhos e lambia os lábios. Que bela con_a! Aumentei o ritmo. Ela sorria para mim. Queria a bruta. Assim foi… Abraçou-se bem a mim e cravou a unhas nas minhas nádegas. Sentia o latejar da sua cona no meu pénis. Não aguentei e gozei dentro dela. Fiquei uns instantes mais dentro dela. Sorrimos. Ela parecia agradecida.

Quando me voltei vi a Maria nua sentada no bidé de pernas abertas, masturbava-se. Agora entendia o seu sorriso. Juntou-se a nós no duche. Abraçamo-nos e trocamos um beijo a três. Depois beijaram-se as duas. Há coisa mais sensual que um beijo entre mulheres? Penso que não. A forma como se beijam, a delicadeza que colocam naquele acto tão intimo e sensual. Trocamos mais um beijo a três. A Melanie acabou de se lavar e saiu. Deixando-nos a sós. Demos um beijo, mais profundo. Valia pelos cinco anos de ausência. Com as mãos percorri o seu corpo.

- Adoro as tuas curvas. O clima de Londres fez te bem… Está tão boa! Disse ao seu ouvido. Estávamos abraçados como se dançássemos debaixo do chuveiro.

- Senti falta destes momentos... de ti. Respondeu baixinho.

- Eu também. Mais logo pomos a conversa em dia… agora tenho de fazer a babar e zarpar. Respondi sorrindo.

- Eu faço-te a barba. Ainda confias em mim. Disse.- Sempre… Respondi. Não era a primeira vez que ela me fazia a barba. Gostava de o fazer, embora não ficasse tão perfeita, dava-me prazer ver a seu rosto feliz com a lâmina de barbear na mão.

Há mulheres assim. Que nos cativam com a sua simplicidade. Muitas vezes mais pelo que não dizem mas pelo carinho que demonstram por nós. O dia correu bem, creio que andei sempre com um sorriso na boca. Nessa noite jantamos os três juntos na Vela latina em Belém. Um é pouco, dois é bom. Mas cada vez mais penso que a perfeição está no três…”

8 comentários:

Anónimo disse...

Estou ansiosa pelo fim..!!! mas Parabens....Excelente !

veritas disse...

Gostei de passar por aqui...
"Há mulheres assim. Que nos cativam com a sua simplicidade. Muitas vezes mais pelo que não dizem mas pelo carinho que demonstram por nós. " O mesmo digo em relação a pessoas da minha vida. Será isso uma espécie de nostalgia? Penso que é colocar cada um no local que merece. O futuro aguarda-me...

Boa semana.

bela lugosi`s dead (F.JSAL) disse...

o interesse por uma mulher surge por coisas simples na verdade, algumas delas que nem conseguimos apontar, provavelmente por não terem tradução em palavras, apenas uma aproximação, que de tão distante, não se consegue fazer.

loira suicida disse...

Mauzinho, mauzinho...

Anónimo disse...

Adorei :D

luna disse...

olá mais uma vez , adorei ler este texto parabens. beijinhos

Moura ao Luar disse...

Mas que reencontros

Espirito da Lua disse...

Olá

Gostei,,,esta muito giro;)

Bj Lua