segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O elogio do Amor puro...

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

MEC
Jornal Expresso 2005

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sexta-Feira

Acordei com a forte claridade que agora invade o meu quarto, com muito esforço lá consegui ver as horas; 14:35.

Passado o primeiro impacto, relaxo, sei que é sábado… e sábado é dia de praia, surf e também de ressaca… que dor de cabeça!

Viro-me para o outro lado da cama e quase me assusto.

- Quem é esta nina? Pergunto-me, enquanto aprecio o corpo nu da bela jovem que ainda dorme a meu lado.

Olho em volta e vejo três ou quatro camisinhas, utilizadas, espalhadas pela cama em alvoroço. Fixo a minha atenção naquele belo corpo, ela parece despertar, sorri para mim envolve me com os braços enquanto me beija. Deixo-me ir, acaricio o seu peito generoso, o meu pénis dá sinal de vida. Sinto-o apertado, passo a mão e sinto mais uma camisinha utilizada e ainda no pénis.

- Isto é que foi malhar. Penso enquanto olho novamente para ela.

Cara de menina de família, do tipo sonsa, parecem santas mas na cama são um autêntico furacão. Os olhos negros e os lábios bem definidos realçam a brancura de pele e dos dentes, bem tratados.

Sorri para mim com a segurança própria dos seus 19 anos e de quem sabe ter um corpo divinal, na flor de idade. Não resisto e beijo-a novamente.

- Como é que esta peça veio parar a minha cama? Pergunto-me enquanto olho novamente para ela, começo e reconhece-la, a sua cara não me é estranha…

- Estás a nora, né? Disse ela rindo.

- Mais ou menos. Respondi no mesmo tom.

Rimos e nesse instante lembrei-me dela.

- És a miúda do terceiro andar… Disse com alguma segurança, continuei: os teus pais sabem que estas aqui? Estava assim tão bêbado…?

Ela riu com a alegria própria da idade.

- Já sou maior e os meus pais não se importam… Estávamos os dois um pouco “tocados”, cruzamo-nos no Coconuts, deste-me boleia para casa e resto já sabes ou imaginas…

Disse olhando para os vários preservativos a nossa volta.

Naquele instante o filme da noite passada rebobina-se na minha cabeça.

Ontem sai com a minha nova colega, a Rita ela é estagiária na empresa à duas semanas. Tem 23 anos e é uma mulher deliciosa, com um corpo escultural e bem torneado. Dá gosto vê-la aproximar-se, pelo peito vultuoso e a cara gulosa. Da mesma forma que dá prazer vê-la afastar-se, pelo belo rabo, imponente e bem definido. É um autêntico furacão, que passa e mobiliza as todas as atenções; masculinas, claro e também as femininas.

Ando a come-la, em segredo, a uma semana. Em segredo pelos mexericos que sempre existem numa empresa, alem disso, porque sou discreto nas minhas conquistas e existem outras mulheres na empresa que apreciam os meus dotes…

Esta última semana de trabalho tem começado invariavelmente da mesma forma; quando chego ao parque subterrâneo da empresa, de manhã, já ela está a minha espera no seu Pólo. Estaciono o carro e dirijo-me para o pequeno WC existente naquele nível, ela segue-me e acabamos a foder como dois animais com o cio naquele espaço exíguo e mal cheiroso. São dez minutos de sexo puro e intenso. Ela sentada, no pequeno lavatório, de pernas abertas e eu de pé no meio a penetrar fundo e forte aquele túnel peludo, quente e muito molhado! É o meu exercício matinal. E sabe tão bem, que quando nos cruzamos ao longo do dia, nos corredores da empresa, a tesão volta…

Um destes dias antes do almoço não resisti, ela estava de volta da fotocopiadora, sem papel.

- Não tem papel. Disse ela.

- O mal é geral. Respondi no gozo, acrescentando: tens de ir buscar mais ao economato.

- Ora e onde é? Retorqui.

- Follow me… Respondi com um sorriso malandro.

Ela sorriu com malícia olhou em volta e seguiu-me para o economato que fica na extremidade do escritório junto as escadas de serviço. O nosso economato é pequeno, apenas servindo para guardar alguns artigos de escritório. Entrei a frente, passado uns segundos entrou ela, sorrimos. Tranquei a porta e avancei, beijei o pescoço e mordi a orelha antes de enfiar a língua na sua boca. Ela tinha a respiração alterada e sentia o seu coração bater descompassadamente. As minhas mãos já deslizavam pelo seu corpo, dentro as calças, apalpei-lhe o rabo enquanto baixava as minhas calças. Estávamos ambos de pé, ela virou-se de trás roçando o rabo no meu sexo enquanto eu acariciava as suas mamas e o clítoris. Foda-se, que tesão! Aquele rabo delicioso roçando no meu pénis, cada vez mais grosso e duro. Ela sentindo-o abaixou e de uma só vez mete-o na boca levando-me ao delírio.

- Oh! Isso… mamas bem. Disse eu, incentivando-a.

Que delicia de mamada. Bem lubrificada, com ritmo e muito sentido de gaita.

- Não te venhas na minha boca… Disse ela, numa pausa enquanto lambia os testículos.

Puxei-a para mim, baixei as suas calças por completo e encostei-a a umas caixas em palete de papel, ficando com aquele belo rabo bem empinado a minha disposição.

- Que fazes. Disse ela.

- Vou te foder. Respondi nas calmas.

- Aqui? Tas doido? Disse ela com a voz trémula de desejo.

- Aqui e agora. Respondi enquanto a agarrava pelo rabo.

Meti bem fundo, de uma vez só, penetrando aquele túnel apertado e delicioso. Ela apoiou-se bem prevendo a intensidade das estocadas. Eu estava doido de tesão, ver aquele rabo delicioso a abrir-se para mim enquanto a comia a bruta.

- Oh! Gosto á bruta… isso dá-me! Dizia ela com a voz melosa.

Meti bem fundo e explodi de prazer dentro dela.

- Oh! Oh! Oh! Não há nada melhor… Quase gritei.

Foram três, quatro minutos do melhor sexo.

Gosto de mulheres assim, bonitas, inteligentes q.b. e boas de foder. Que gostem de dar, tanto como gostam de recebem…

Rapidamente compusemos a roupa, tirei uma caixa de papel para copiadora enquanto ela destrancava a porta.

- Vamos. Disse sorrindo.

- A tarde á mais… respondi enquanto saíamos do economato.

Eu dirigi-me a fotocopiadora para repor o papel e ela a toillet.

- Deixaste-me toda molhada. Disse.

No final do dia o ritual é outro. Ela mora em Massamá e eu em Cascais, não sendo longe são caminhos quase o postos que temos de fazer. Assim acabamos a desanuviar a tesão acumulada ao longo do dia, numa pensão na baixa.

Na última quinta-feira, depois de mais uma dupla sessão vespertina de sexo, enquanto tomávamos banho perguntou:

- Gostas do Jorge Palma? É que tenho dois bilhetes para o concerto em Sintra… e não tenho companhia, melhor dizendo gostava que fosses comigo.

As mulheres são terríveis, as voltas que dão só para fazer uma simples pergunta.

- Sim gosto e vou com todo prazer. Respondi. O rosto dela iluminou-se e riu com alegria enquanto se abraçava a mim.

É um privilégio desfrutar da sua companhia, alem de inteligente, a Rita é uma bela mulher. O cabelo preto encaracolado e a pele morena realçam o verde dos seus olhos, os lábios carnudos e o sorriso desarmam qualquer um. Com ela a alegria é permanente.

Na sexta-feira não tivemos a habitual sessão vespertina de sexo, saímos mais cedo e fiquei de passar em sua casa, vive com os pais e irmãos, pelas 21:30 para irmos ao concerto do Jorge Palma, em Sintra.

Assim a hora combinada estava a porta dela, estacionei em frente ao prédio e toquei a campainha.

- Quem é? Perguntou uma voz masculina.

- Boa noite, a Rita por favor. Disse.

- Ó Rita é para ti… Ouvi do outro lado.

- És tu, André? Sobe os meus pais querem te conhecer. Disse ela.

- Sim, querida. Mas hoje não dá, tenho carro mal estacionado… Respondi.

Nesta altura não tenho qualquer intenção de conhecer a sua numerosa e simpática família.

Com ela já a meu lado, no carro, seguimos pelo IC19 para Sintra. Destino centro cultural Olga Cadaval, que eu conheci a mais de vinte anos ainda como Cine-Teatro Carlos Manuel, como o tempo passa… e ainda bem! Tudo se renova e se transforma, por vezes duma abóbora em um coche, como no conto infantil, foi o caso. Fiquei deslumbrado com a renovação deste espaço.

As 22:20 o momento mais esperado: Naquele seu jeito meio alucinado e aos trambolhões, Jorge Palma em palco. Foram quase duas horas de empatia total com o seu público, no qual me incluo, que lotava por completo a sala. “Dá-me lume”, “Encosta-te a mim” e “deixa-me rir”, levaram a sala ao delírio! Jorge Palma igual a si próprio; provocador e respondendo, também a todas as provocações do publico. Por momentos parecia que estava numa qualquer semana académica.

Findo o espectáculo rumamos ao Caipirinha Bar, ainda em Sintra na zona da Estefânia. O espaço embora vulgar na sua decoração tem um ambiente agradável, dentro do género. Bebemos uma caipirinha e jogamos snooker, durante uma hora, depois saímos e acabamos a foder no banco de trás do carro ali mesmo no parque de estacionamento do bar.

Quando chegamos ao estacionamento, junto ao carro beijamo-nos, enquanto a acariciava as mamas ela habilidosamente tirou o meu pénis, já em descolagem vertical, para fora das calças e manuseou-o a vontade. Depois ajoelhou-se e abocanhou-o, mamava com ritmo, doida de tesão. Agarrei na sua cabeça, pelos cabelos, e ela permitiu que a come-se na boca aumentado o ritmo da mamada. Quase no auge parei, retirei o pénis da sua boca e puxei-a para mim, beijando-a, encostei-a ao carro e subi a sua saia enquanto desviava o fio dental e penetrei-a com o dedo anelar, preparando o caminho. Ela gemeu e agarrou no meu pénis guiando-o até ao seu túnel delicioso! Ela estava no ponto, estremeceu quando a penetrei com intensidade, quase a bruta.

- Ó isso, dá-me… dá-me forte. Dizia ela ao meu ouvido.

- Foda-se! Que cona deliciosa! Não me canso de te foder… Respondi no mesmo tom.

O barulho de alguém que se aproximava devolveu-nos à realidade. Paramos os movimentos e entramos no carro, ambos no banco de trás, a tesão era grande e o desfecho inevitavelmente seria ali. Tranquei as portas, os vidros estavam totalmente embaciados, abstraímo-nos de tudo o resto e apenas nos concentramos nos nossos corpos. Tirei as calças enquanto ela se despia totalmente, sentei-me no banco do meio com pénis em riste esperando por ela, que não tardou em sentar-se nele virada para mim, senti de imediato o seu calor no meu pénis que foi aumentando a medida que ela cavalgava em mim. Com as mãos no tejadilho do carro ela ajudava a dar mais ritmo, eu lambia as suas generosas mamas que baloiçavam a minha frente e com uma mão acariciava o clítoris, com a outra apalpava o seu rabo e penetrava-a no ânus.

- Isso! Gritava ela enquanto aumentava o ritmo.

- Fodes bem… Respondi, incentivando-a a aumentar o ritmo.

- Oh! Oh! Oh!... Ela gemia e o seu corpo começava a tremer. Acariciei ao de leve o clítoris e meti o dedo mais fundo no seu cu. O seu corpo reagiu de imediato; comecei a sentir o seu túnel contraindo-se cada vez mais apertando ainda mais o meu pénis. A tesão estava no auge e o clímax era eminente.

- Oh! Querido… bate-me no rabo! Disse fora de si.

Dei-lhe três ou quatro palmadas nas nádegas. Ela delirava e o seu túnel delicioso apertava cada vez mais o meu pénis. Estava quase no ponto.

- Oh! Isso… (continuava a dar-lhe palmadas) oh! Querido… oh! Vem-te… vem-te! Gritava descontrolada.

Não se recusa um pedido tão generoso a uma senhora. Foi o que fiz… deixei-me vir! Ejaculei violentamente dentro dela. Ela aumentou o ritmo e depois afundou-se no meu pénis, parando e abanando ao de leve o rabo. Sentia a sua cona a latejar no meu pénis.

- Oh! Foda tão boa… Disse

Ficamos assim, dentro dela e abraçados, uns minutos. Depois vestimo-nos, saímos do carro, sentia me bem. Feliz é o termo. O cenário era incrivelmente belo: o luar intenso iluminava a serra de Sintra, via-se com nitidez a vegetação exuberante e as muralhas do castelo dos Mouros recortada na paisagem.

- André, não quero que te assustes ou que fiques envaidecido, mas estou a gostar demais de ti. Apaixonei-me por ti no primeiro dia que te vi no escritório… Disse ela, inspirada pela paisagem ou pelo belo momento de sexo que tivéramos.

Não respondi, com faço sempre que o assunto é mais sério, olhei-a nos olhos e beijamo-nos longamente.

Não me sinto preparado para ter apenas uma mulher na minha vida e sei que isso será inevitável se me apaixonar…

Deixei-a em casa, eram duas da manhã cedo para uma sexta-feira, a próxima paragem seria o coconuts em Cascais.

O resto da historia já sabem…

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Violeta...

Há mulheres que nos marcam mesmo sem darmos por isso, aliás só nos apercebemos da sua importância, ou o quanto poderiam ter sido importantes, com a distancia - o tempo é estranho, amplifica insignificâncias do passado e simultaneamente pode atenuar outros acontecimentos a que demos muita importância -, essas mulheres que nos marcam e que vamos recordando ao longo da vida, serão aquelas que de facto nos amaram? E só à distância nos apercebemos desse amor? E as outras, que amamos intensamente e que após o adeus se esfumam na neblina do tempo e nunca mais pensamos nelas, como se todo o amor que tivemos se tivesse consumido e nada mais restasse.
Passaram muitas mulheres pela minha vida, algumas foram ficando outras perdi o contacto, lembro-me de todas mas sempre tive a capacidade de seguir em frente sem me deter a olhar para trás. Fazendo uma retrospectiva só de duas ou três sinto alguma nostalgia, curiosamente daquelas que na altura me foi mais fácil desligar.
Falo da Violeta, em particular, que conheci quando ela tinha 18 anos e voltei a reencontrar recentemente. Neste hiato de tempo em que não nos vimos pensei nela mais do que era suposto, visto na altura não lhe ter dado a importância que de certo, e o tempo diria, merecia.
Conheci a Violeta no Saldanha, numa paragem de Autocarro, ela estava sozinha e eu ia acompanhado por um amigo, achamos piada a miúda que se procurava abrigar da chuva sob um guarda-chuva completamente desarticulado. Metemos conversa, estávamos os dois em disputa como sempre, e apesar de não utilizar aquele autocarro segui com ela até Benfica onde tomamos um café numa pastelaria junto á estação, depois acompanhei-a até ao comboio despedimo-nos com um beijo apaixonado e com a promessa de nos encontrarmos no dia seguinte, sábado, em Sintra.
Estivemos juntos nesse sábado em Sintra e durante o ano que se seguiu mantivemos um relação indefinida, apesar de ela me ter apresentado á família e criarmos amigos comuns, nunca a definimos. Da minha parte porque me convinha, sempre prezei muito a minha liberdade, da sua parte porque, eventualmente, esperasse que eu o fizesse.
- Fizeste-me mulher. Dizia ela emocionada no dia em que pela primeira vez fizemos amor.
O que mais recordo desse dia, e que permaneceu na minha memória até hoje, é o cheiro do seu cabelo. Alias, o seu cabelo cor de caju era lindo e sempre a cheirar a timotei ervas. Fecho os olhos e sinto o seu cheiro e imagino-me a acariciá-lo sob os reflexos dourados do sol de Setembro, mês em que a conheci.
Durante esse ano, sempre que podia, esperava por ela às 18 horas na mesma paragem de autocarro onde nos conhecemos, ficávamos a namorar onde podíamos… depois leva-a a casa. Sem saber bem porquê deixei de aparecer, passaram uns meses até voltar a vê-la, um dia cruzamo-nos por acaso. Ela ia com uma amiga e eu com a Maria, a minha namorada na altura, sorrimos e cumprimentamo-nos sem no determos.
Passados alguns anos soube que tinha casado, desejei-lhe sinceras felicidades, ela merecia e não pensei mais nela até me cruzar com ela recentemente.
- Olá André. Disse ela com um grande sorriso no rosto.
Aquele sorriso, franco e aberto, trouxe-me de volta a Violeta que eu conhecera e os momentos que vivemos.
- Olá! Respondi enquanto trocávamos dois beijos.
Encontramos-nos por acaso no centro comercial que fica por baixo onde prédio onde trabalho.
- Tu por aqui? Há quanto tempo? Disse enquanto, inexplicavelmente, a abraçava.
- Almoço. Alias, vou almoçar. Respondeu.
- Almoço aqui todos os dias com as minhas colegas. Acrescentou apontando para um grupo que estava sentado numas mesas mais á frente.
- Aqui? Todos os dias… Repeti, ainda surpreso.
- Sim, trabalho num colégio aqui perto. E tu? Respondeu.
- Eu trabalho aqui, quer dizer por cima. Trabalhas num colégio? Perguntei.
- Sim, estava a estudar para educadora de infância, ainda te lembras? Sorriu.
- Acho que já te tinha visto por aqui, mas fiquei na dúvida, pelo cabelo rapado… Acrescentou.
- Claro que me lembro, disso e de outras coisas. Devolvi o sorriso e não deixei de reparar que ela tinha ficado ligeiramente corada.
Eu estava de saída e ela já tinha as colegas a reclamar pela sua presença, assim combinamos almoçar com calma no dia seguinte.
Pensei nela resto do dia, ansiando pelo nosso almoço, estava mais linda do que nunca. Mais mulher, mais sedutora e segura de si do que à dez anos atrás, naquele momento desejei que ela tivesse sido só minha naqueles dez anos.
No dia seguinte, com o meu melhor fato, á hora combinada esperei por ela no andar da restauração, quando ela surgiu, vê-la ao longe a dirigir-se para mim naquele andar sedutor que lhe realça as belas curvas, fez disparar o meu coração.
- Olá André! Disse ela radiante.
- Olá minha Flor. Respondi sorrindo, na verdade ela parecia uma flor, uma bela violeta, cultivada a céu aberto e com muito amor.
- Só tu me tratas assim, ainda sou a tua flor? Respondeu com um magnífico sorriso.
- Serás sempre… Disse.
Durante o almoço, em que ficou visível o enorme carinho que ainda existia entre nós, falamos abertamente sobre a nossa vida, o que nos tinha separado, do seu casamento e separação e falamos também da Carolina, a sua filha de cinco anos.
- Estou separada à três anos e só tenho vivido para ela, é o meu amor! Disse emocionada enquanto me mostrava as fotos dela.
Nesse dia, á noite, quando me preparava para deitar recebi uma sms dela:
- Adorei o almoço. Dizia.
- Eu também, anseio pelo próximo… Respondi.
Passado alguns minutos a resposta:
- Janta comigo na sexta, a Carolina fica com a avó. Dizia
- Combinado! Beijo. Respondi.

Sexta-feira a hora combinada estacionei o carro em frente a sua casa e toquei a campainha.
- És tu? André… Disse ela.
- Sim. Respondi.
- Já vou, beijinho. Disse.
Ela estava linda, com um vestido grená muito justo e decotado quanto baste, realçando na medida justa o seu belo peito e a perfeição da suas curvas.
- Estás linda! Valeu a pena esperar. Disse sorrindo enquanto abria a porta do carro para ela.
- Sempre cavalheiro. Respondeu a sorrir.
- A onde me levas? Acrescentou.
- A um sitio que ambos gostamos e que nos trás boas recordações, Restaurante Nortada. Disse enquanto punha o carro em funcionamento, o destino era a Praia Grande em Sintra.

Continua…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Matilde, 23 anos (continuação)

É estranho voltar a um lugar onde fomos felizes sem a pessoa que motivou essa felicidade. É estranho voltar ao Porto sem ti. É estranho desejar perder-me na multidão numa noite de São João e encontrar-te novamente. É estranho, e nem sequer é preciso atravessar a Ponte do Freixo para sentir essa nostalgia, basta saber que vou ao Porto e que tu já não estás lá a minha espera…

Não é a primeira vez e seguramente não será a ultima vez que volto ao Porto depois de ti…sei bem que acabou e também sei que não tem retorno, nem tão pouco o desejo, mas não consigo evitar pensar em ti sempre que volto ao Porto. Fomos amantes apaixonados e cúmplices, trocamos segredos e desejos. Fomos felizes. Cometemos erros e o que era forte tornou-se frágil, fogo ardente sobrou um sentimento agridoce como o sal das tuas lágrimas no dia em que nos separamos.

Conheci a Daniela numa noite de São João, estava no Porto com um grupo de amigos para assistir aos festejos, ela sendo da Guarda, estava a estudar no Porto, chegamos ao final da tarde e elegemos o Cais de Gaia como Ponto de partida e foi aí que nos conhecemos. Apaixonei-me por ti no exacto momento em que esbarramos um no outro, a energia que essa colisão gerou consumiu-se rapidamente nos dois anos que estivemos juntos. Dessa primeira noite recordo a alegria de estar contigo, a cumplicidade que se estabeleceu entre nós, as conversas e o amanhecer em silêncio enroscados na Foz.

Era para ficar um dia, que rapidamente se transformou numa semana, em que contava as horas e minutos em que podia estar contigo, fizemos amor pela primeira vez no regresso à Guarda, onde ela passava o fim-de-semana, eu a Lisboa e embora não ficasse de caminho fiz questão, como nos anos que se seguiram, de a deixar em casa e foi nesse regresso que nos amamos pela primeira vez.

Parei o carro na berma da estrada e amei-a ali mesmo, na bela e fria cidade da Guarda. Não durou mais do que cinco minutos, mas valeu pela excitação do momento e do local. Ela deitada, no banco do pendura, nua de pernas abertas esperava por mim. Os vidros já estavam embaciados, lá fora o trânsito era intenso, enchi-me de coragem e despi-me por completo, trocamos carícias e beijamo-nos com toda a nossa paixão. Deitado sobre ela sentia todo o calor que o seu voluptuoso peito transmitia, as suas mãos nas minhas nádegas pressionavam-me para concretizar o desejo que ambos sentíamos, assim foi, firme mas delicadamente penetrei-a.

- Oh! Sim… amor olha para mim, diz o que sentes…Disse ela.

- Adoro-te! Adoro a tua boca, o teu peito, as tuas pernas… a tua forma de andar, a tua cona… Oh! Tão boa! Respondi, doido de tesão, ao seu ouvido.

- Sou toda tua, meu amor… para sempre. Sussurrou no meu ouvido.

Desse momento mágico, em que concretizamos a nossa relação, decorrerem três anos até ao momento em que mais uma vez volto ao Porto, sem ti mas pensando em ti, para passar o fim-de-semana com a minha colega Matilde.

Ando com ela à cerca de um mês e aproveitamos o fim-de-semana prolongado para passar uns dias de luxúria no Norte, tendo o Porto por base.

A viagem correu bem, com a Matilde deitada sobre o meu colo, ora dormindo ora deleitando-se com o meu pénis, nunca uma viagem de três horas me tinha sabido tão bem, assim logo que chegamos ao hotel corremos para a cama para acalmarmos o nosso desejo. A Matilde é doida por sexo e tão boa na cama que me deixa completamente viciado, é difícil dizer-lhe que não, mesmo quando as forças estão já no limite, não era o caso, assim logo que entramos no quarto ela encostou-me á porta e baixando-me as calças abocanhou o meu pénis.

- Oh! Delicia… Disse, de olhos fechados, enquanto lhe afagava os cabelos.

- Está no ponto… estava desejosa de chegar ao hotel. Respondeu fazendo uma pausa.

- Vem, fode-me como só tu sabes fazer. Concluiu, enquanto se despia.

Toda nua, que corpo delicioso, sentou-se na beira da cama e puxou-me para ela, com uma mão acariciava o meu pénis e com a outra o seu clítoris, depois mais uma vez deliciou-se com o meu pénis durante uns minutos.

- Olha que eu venho-me. Provoquei.

- Só depois de comeres a minha ratinha. Respondeu no mesmo tom.

Agarrei a sua cabeça e puxei-a para mim de seguida beijamo-nos enquanto ela se deitava, percorri o seu pescoço com a língua e detive-me no peito lambendo-o e mordiscando os mamilos alternando a carícia com uma mão, a outra mão já trabalhava a sua vulva quente e húmida. Baixei um pouco mais e passei a língua pela sua barriga introduzindo-a no umbigo, ela expectante com o minete que se adivinhava, gemia, desci e introduzia a língua o mais fundo possível na sua cona levando-a ao delírio. Depois subi ligeiramente passando a língua levemente no clítoris, no minutos que se seguiram entretive-me a brincar com o seu clítoris ao mesmo tempo que introduzia o dedo anelar na sua cona fazendo movimento de vaivém, ela com as mãos acariciava-se no peito e gemia desalmadamente.

- Oh! Vem, beija-me e fode-me! Disse puxando-me para ela, que se colocava em posição de poder receber-me, com as pernas dobradas e semi-abertas.

- Oh! Isso… adoro, adoro, adoroooo o teu pau na minha cona, dá-me bem! Quase gritava.

- Fodasse-se! Disse entre grunhidos.

Que delicia de cona. Pensei, mas já não consegui dizer tal a intensidade do prazer que sentia.

Estivemos nessa posição vários minutos sempre com movimento de grande intensidade, sentia os seus músculos a contrariarem cada vez mais, com maior frequência. Ela gemia, gritava, arranhava-me as nádegas e mordia-me o peito, sentia que ela estava quase no clímax, mas eu queria mais assim parei os movimentos e beijei-a depois levantei-me ligeiramente e introduzi o pénis na sua boca.

- Oh! Isso. Disse deixando que ela mamasse ao seu ritmo.

O objectivo era que ela arrefecesse um pouco, para juntos prolongarmos mais aquele momento de prazer.

- Oh! Mamas bem. Continuei.

- Oh! André come-me à canzana… vá arrebenta comigo… preciso do ti dentro…. Respondeu ela decorrido alguns minutos, com a voz melosa de tesão.

Assim fizemos, ela colocou-se de gatas na cama e agarrou-se a cabeceira da mesma empinado bem o rabo para que eu a comesse. Dei-lhe umas palmadas no rabo e penetrei mais uma vez aquela cona deliciosa cada vez mais quente e completamente molhada.

- Oh! Querido… tão bom! Gemeu enquanto eu a penetrava profundamente.

Ela de gatas na cama e eu por trás de pé com as pernas flectidas, malhava nela fundo e forte, com uma mão dava-lhe palmadas no rabo e com a outra introduzia o polegar no seu ânus.

- Oh! Isso… dá-me bem! Gritava.

Estávamos quase no auge quando o telefone tocou.

- Oh! Fodasse… Disse.

- Não paras, não pares… Dizia ela louca de tesão.

- Tem de ser. Respondi aliviando os movimentos.

- Oh! Não o tires… eu atendo. Se assim o disse melhor o fez.

- Sim… Disse gemendo e de seguida passou-me o telefone.

- Oh! Querido… não pares, tou quase. Dizia gemendo de prazer. Não resisti e aumentei o ritmo das estocadas enquanto ouvia no telefone a voz sensual (pelo menos assim me pareceu naquele momento) da moça da recepção.

- Desculpe incomodar, mas tem o carro mal estacionado. Disse a recepcionista do hotel. Com a pressa de subirmos tinha deixado o carro a bloquear q entrada da garagem.

- Oh! Sim… Disse preste a vir-me e deixei cair o telefone, concentrando-me apenas em satisfazer aquela cona deliciosa que se contraia cada vez mais à volta do meu pénis, aumentei até ao limite a intensidade das estocadas e preparei-me para gozar dentro dela.

- Isso… querido vem-te! Mete tudo e esporra-te… oh! Tão bom. Gritava ela enquanto explodia violentamente de prazer dentro daquela cona deliciosa que envolvia por completo o meu pénis.

- Oh! Delicia de cona! Gritei no clímax que pareceu durar uma eternidade, ela abanava o rabo, por fim disse:

- Vem querido, agora quero o teu pau na minha boca…

Com ela o serviço é completo.

Virou-se para mim e gentilmente introduziu o pénis, meio dorido de tanto exercício, na sua boca, um mimo.

-Fodasse! A gaja da portaria… Disse lembrando-me do carro mal estacionado.

- O quê? Retorquiu

- O carro está mal estacionado… Levantei-me dirigindo me para a porta.

- Essa pressa toda é pelo carro ou vontade de ver a gaja… é que devias vestir pelo menos as calças. Disse ela a rir.

Vesti as calças, sem cuecas, uma camisa e sapatos e desci à recepção.

- Desculpe o incomodo…Disse a recepcionista quando me viu.

- Não tem mal, eu meto-o na garagem… Respondi com malícia.

(..)