segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O elogio do Amor puro...

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

MEC
Jornal Expresso 2005

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sexta-Feira

Acordei com a forte claridade que agora invade o meu quarto, com muito esforço lá consegui ver as horas; 14:35.

Passado o primeiro impacto, relaxo, sei que é sábado… e sábado é dia de praia, surf e também de ressaca… que dor de cabeça!

Viro-me para o outro lado da cama e quase me assusto.

- Quem é esta nina? Pergunto-me, enquanto aprecio o corpo nu da bela jovem que ainda dorme a meu lado.

Olho em volta e vejo três ou quatro camisinhas, utilizadas, espalhadas pela cama em alvoroço. Fixo a minha atenção naquele belo corpo, ela parece despertar, sorri para mim envolve me com os braços enquanto me beija. Deixo-me ir, acaricio o seu peito generoso, o meu pénis dá sinal de vida. Sinto-o apertado, passo a mão e sinto mais uma camisinha utilizada e ainda no pénis.

- Isto é que foi malhar. Penso enquanto olho novamente para ela.

Cara de menina de família, do tipo sonsa, parecem santas mas na cama são um autêntico furacão. Os olhos negros e os lábios bem definidos realçam a brancura de pele e dos dentes, bem tratados.

Sorri para mim com a segurança própria dos seus 19 anos e de quem sabe ter um corpo divinal, na flor de idade. Não resisto e beijo-a novamente.

- Como é que esta peça veio parar a minha cama? Pergunto-me enquanto olho novamente para ela, começo e reconhece-la, a sua cara não me é estranha…

- Estás a nora, né? Disse ela rindo.

- Mais ou menos. Respondi no mesmo tom.

Rimos e nesse instante lembrei-me dela.

- És a miúda do terceiro andar… Disse com alguma segurança, continuei: os teus pais sabem que estas aqui? Estava assim tão bêbado…?

Ela riu com a alegria própria da idade.

- Já sou maior e os meus pais não se importam… Estávamos os dois um pouco “tocados”, cruzamo-nos no Coconuts, deste-me boleia para casa e resto já sabes ou imaginas…

Disse olhando para os vários preservativos a nossa volta.

Naquele instante o filme da noite passada rebobina-se na minha cabeça.

Ontem sai com a minha nova colega, a Rita ela é estagiária na empresa à duas semanas. Tem 23 anos e é uma mulher deliciosa, com um corpo escultural e bem torneado. Dá gosto vê-la aproximar-se, pelo peito vultuoso e a cara gulosa. Da mesma forma que dá prazer vê-la afastar-se, pelo belo rabo, imponente e bem definido. É um autêntico furacão, que passa e mobiliza as todas as atenções; masculinas, claro e também as femininas.

Ando a come-la, em segredo, a uma semana. Em segredo pelos mexericos que sempre existem numa empresa, alem disso, porque sou discreto nas minhas conquistas e existem outras mulheres na empresa que apreciam os meus dotes…

Esta última semana de trabalho tem começado invariavelmente da mesma forma; quando chego ao parque subterrâneo da empresa, de manhã, já ela está a minha espera no seu Pólo. Estaciono o carro e dirijo-me para o pequeno WC existente naquele nível, ela segue-me e acabamos a foder como dois animais com o cio naquele espaço exíguo e mal cheiroso. São dez minutos de sexo puro e intenso. Ela sentada, no pequeno lavatório, de pernas abertas e eu de pé no meio a penetrar fundo e forte aquele túnel peludo, quente e muito molhado! É o meu exercício matinal. E sabe tão bem, que quando nos cruzamos ao longo do dia, nos corredores da empresa, a tesão volta…

Um destes dias antes do almoço não resisti, ela estava de volta da fotocopiadora, sem papel.

- Não tem papel. Disse ela.

- O mal é geral. Respondi no gozo, acrescentando: tens de ir buscar mais ao economato.

- Ora e onde é? Retorqui.

- Follow me… Respondi com um sorriso malandro.

Ela sorriu com malícia olhou em volta e seguiu-me para o economato que fica na extremidade do escritório junto as escadas de serviço. O nosso economato é pequeno, apenas servindo para guardar alguns artigos de escritório. Entrei a frente, passado uns segundos entrou ela, sorrimos. Tranquei a porta e avancei, beijei o pescoço e mordi a orelha antes de enfiar a língua na sua boca. Ela tinha a respiração alterada e sentia o seu coração bater descompassadamente. As minhas mãos já deslizavam pelo seu corpo, dentro as calças, apalpei-lhe o rabo enquanto baixava as minhas calças. Estávamos ambos de pé, ela virou-se de trás roçando o rabo no meu sexo enquanto eu acariciava as suas mamas e o clítoris. Foda-se, que tesão! Aquele rabo delicioso roçando no meu pénis, cada vez mais grosso e duro. Ela sentindo-o abaixou e de uma só vez mete-o na boca levando-me ao delírio.

- Oh! Isso… mamas bem. Disse eu, incentivando-a.

Que delicia de mamada. Bem lubrificada, com ritmo e muito sentido de gaita.

- Não te venhas na minha boca… Disse ela, numa pausa enquanto lambia os testículos.

Puxei-a para mim, baixei as suas calças por completo e encostei-a a umas caixas em palete de papel, ficando com aquele belo rabo bem empinado a minha disposição.

- Que fazes. Disse ela.

- Vou te foder. Respondi nas calmas.

- Aqui? Tas doido? Disse ela com a voz trémula de desejo.

- Aqui e agora. Respondi enquanto a agarrava pelo rabo.

Meti bem fundo, de uma vez só, penetrando aquele túnel apertado e delicioso. Ela apoiou-se bem prevendo a intensidade das estocadas. Eu estava doido de tesão, ver aquele rabo delicioso a abrir-se para mim enquanto a comia a bruta.

- Oh! Gosto á bruta… isso dá-me! Dizia ela com a voz melosa.

Meti bem fundo e explodi de prazer dentro dela.

- Oh! Oh! Oh! Não há nada melhor… Quase gritei.

Foram três, quatro minutos do melhor sexo.

Gosto de mulheres assim, bonitas, inteligentes q.b. e boas de foder. Que gostem de dar, tanto como gostam de recebem…

Rapidamente compusemos a roupa, tirei uma caixa de papel para copiadora enquanto ela destrancava a porta.

- Vamos. Disse sorrindo.

- A tarde á mais… respondi enquanto saíamos do economato.

Eu dirigi-me a fotocopiadora para repor o papel e ela a toillet.

- Deixaste-me toda molhada. Disse.

No final do dia o ritual é outro. Ela mora em Massamá e eu em Cascais, não sendo longe são caminhos quase o postos que temos de fazer. Assim acabamos a desanuviar a tesão acumulada ao longo do dia, numa pensão na baixa.

Na última quinta-feira, depois de mais uma dupla sessão vespertina de sexo, enquanto tomávamos banho perguntou:

- Gostas do Jorge Palma? É que tenho dois bilhetes para o concerto em Sintra… e não tenho companhia, melhor dizendo gostava que fosses comigo.

As mulheres são terríveis, as voltas que dão só para fazer uma simples pergunta.

- Sim gosto e vou com todo prazer. Respondi. O rosto dela iluminou-se e riu com alegria enquanto se abraçava a mim.

É um privilégio desfrutar da sua companhia, alem de inteligente, a Rita é uma bela mulher. O cabelo preto encaracolado e a pele morena realçam o verde dos seus olhos, os lábios carnudos e o sorriso desarmam qualquer um. Com ela a alegria é permanente.

Na sexta-feira não tivemos a habitual sessão vespertina de sexo, saímos mais cedo e fiquei de passar em sua casa, vive com os pais e irmãos, pelas 21:30 para irmos ao concerto do Jorge Palma, em Sintra.

Assim a hora combinada estava a porta dela, estacionei em frente ao prédio e toquei a campainha.

- Quem é? Perguntou uma voz masculina.

- Boa noite, a Rita por favor. Disse.

- Ó Rita é para ti… Ouvi do outro lado.

- És tu, André? Sobe os meus pais querem te conhecer. Disse ela.

- Sim, querida. Mas hoje não dá, tenho carro mal estacionado… Respondi.

Nesta altura não tenho qualquer intenção de conhecer a sua numerosa e simpática família.

Com ela já a meu lado, no carro, seguimos pelo IC19 para Sintra. Destino centro cultural Olga Cadaval, que eu conheci a mais de vinte anos ainda como Cine-Teatro Carlos Manuel, como o tempo passa… e ainda bem! Tudo se renova e se transforma, por vezes duma abóbora em um coche, como no conto infantil, foi o caso. Fiquei deslumbrado com a renovação deste espaço.

As 22:20 o momento mais esperado: Naquele seu jeito meio alucinado e aos trambolhões, Jorge Palma em palco. Foram quase duas horas de empatia total com o seu público, no qual me incluo, que lotava por completo a sala. “Dá-me lume”, “Encosta-te a mim” e “deixa-me rir”, levaram a sala ao delírio! Jorge Palma igual a si próprio; provocador e respondendo, também a todas as provocações do publico. Por momentos parecia que estava numa qualquer semana académica.

Findo o espectáculo rumamos ao Caipirinha Bar, ainda em Sintra na zona da Estefânia. O espaço embora vulgar na sua decoração tem um ambiente agradável, dentro do género. Bebemos uma caipirinha e jogamos snooker, durante uma hora, depois saímos e acabamos a foder no banco de trás do carro ali mesmo no parque de estacionamento do bar.

Quando chegamos ao estacionamento, junto ao carro beijamo-nos, enquanto a acariciava as mamas ela habilidosamente tirou o meu pénis, já em descolagem vertical, para fora das calças e manuseou-o a vontade. Depois ajoelhou-se e abocanhou-o, mamava com ritmo, doida de tesão. Agarrei na sua cabeça, pelos cabelos, e ela permitiu que a come-se na boca aumentado o ritmo da mamada. Quase no auge parei, retirei o pénis da sua boca e puxei-a para mim, beijando-a, encostei-a ao carro e subi a sua saia enquanto desviava o fio dental e penetrei-a com o dedo anelar, preparando o caminho. Ela gemeu e agarrou no meu pénis guiando-o até ao seu túnel delicioso! Ela estava no ponto, estremeceu quando a penetrei com intensidade, quase a bruta.

- Ó isso, dá-me… dá-me forte. Dizia ela ao meu ouvido.

- Foda-se! Que cona deliciosa! Não me canso de te foder… Respondi no mesmo tom.

O barulho de alguém que se aproximava devolveu-nos à realidade. Paramos os movimentos e entramos no carro, ambos no banco de trás, a tesão era grande e o desfecho inevitavelmente seria ali. Tranquei as portas, os vidros estavam totalmente embaciados, abstraímo-nos de tudo o resto e apenas nos concentramos nos nossos corpos. Tirei as calças enquanto ela se despia totalmente, sentei-me no banco do meio com pénis em riste esperando por ela, que não tardou em sentar-se nele virada para mim, senti de imediato o seu calor no meu pénis que foi aumentando a medida que ela cavalgava em mim. Com as mãos no tejadilho do carro ela ajudava a dar mais ritmo, eu lambia as suas generosas mamas que baloiçavam a minha frente e com uma mão acariciava o clítoris, com a outra apalpava o seu rabo e penetrava-a no ânus.

- Isso! Gritava ela enquanto aumentava o ritmo.

- Fodes bem… Respondi, incentivando-a a aumentar o ritmo.

- Oh! Oh! Oh!... Ela gemia e o seu corpo começava a tremer. Acariciei ao de leve o clítoris e meti o dedo mais fundo no seu cu. O seu corpo reagiu de imediato; comecei a sentir o seu túnel contraindo-se cada vez mais apertando ainda mais o meu pénis. A tesão estava no auge e o clímax era eminente.

- Oh! Querido… bate-me no rabo! Disse fora de si.

Dei-lhe três ou quatro palmadas nas nádegas. Ela delirava e o seu túnel delicioso apertava cada vez mais o meu pénis. Estava quase no ponto.

- Oh! Isso… (continuava a dar-lhe palmadas) oh! Querido… oh! Vem-te… vem-te! Gritava descontrolada.

Não se recusa um pedido tão generoso a uma senhora. Foi o que fiz… deixei-me vir! Ejaculei violentamente dentro dela. Ela aumentou o ritmo e depois afundou-se no meu pénis, parando e abanando ao de leve o rabo. Sentia a sua cona a latejar no meu pénis.

- Oh! Foda tão boa… Disse

Ficamos assim, dentro dela e abraçados, uns minutos. Depois vestimo-nos, saímos do carro, sentia me bem. Feliz é o termo. O cenário era incrivelmente belo: o luar intenso iluminava a serra de Sintra, via-se com nitidez a vegetação exuberante e as muralhas do castelo dos Mouros recortada na paisagem.

- André, não quero que te assustes ou que fiques envaidecido, mas estou a gostar demais de ti. Apaixonei-me por ti no primeiro dia que te vi no escritório… Disse ela, inspirada pela paisagem ou pelo belo momento de sexo que tivéramos.

Não respondi, com faço sempre que o assunto é mais sério, olhei-a nos olhos e beijamo-nos longamente.

Não me sinto preparado para ter apenas uma mulher na minha vida e sei que isso será inevitável se me apaixonar…

Deixei-a em casa, eram duas da manhã cedo para uma sexta-feira, a próxima paragem seria o coconuts em Cascais.

O resto da historia já sabem…

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Violeta...

Há mulheres que nos marcam mesmo sem darmos por isso, aliás só nos apercebemos da sua importância, ou o quanto poderiam ter sido importantes, com a distancia - o tempo é estranho, amplifica insignificâncias do passado e simultaneamente pode atenuar outros acontecimentos a que demos muita importância -, essas mulheres que nos marcam e que vamos recordando ao longo da vida, serão aquelas que de facto nos amaram? E só à distância nos apercebemos desse amor? E as outras, que amamos intensamente e que após o adeus se esfumam na neblina do tempo e nunca mais pensamos nelas, como se todo o amor que tivemos se tivesse consumido e nada mais restasse.
Passaram muitas mulheres pela minha vida, algumas foram ficando outras perdi o contacto, lembro-me de todas mas sempre tive a capacidade de seguir em frente sem me deter a olhar para trás. Fazendo uma retrospectiva só de duas ou três sinto alguma nostalgia, curiosamente daquelas que na altura me foi mais fácil desligar.
Falo da Violeta, em particular, que conheci quando ela tinha 18 anos e voltei a reencontrar recentemente. Neste hiato de tempo em que não nos vimos pensei nela mais do que era suposto, visto na altura não lhe ter dado a importância que de certo, e o tempo diria, merecia.
Conheci a Violeta no Saldanha, numa paragem de Autocarro, ela estava sozinha e eu ia acompanhado por um amigo, achamos piada a miúda que se procurava abrigar da chuva sob um guarda-chuva completamente desarticulado. Metemos conversa, estávamos os dois em disputa como sempre, e apesar de não utilizar aquele autocarro segui com ela até Benfica onde tomamos um café numa pastelaria junto á estação, depois acompanhei-a até ao comboio despedimo-nos com um beijo apaixonado e com a promessa de nos encontrarmos no dia seguinte, sábado, em Sintra.
Estivemos juntos nesse sábado em Sintra e durante o ano que se seguiu mantivemos um relação indefinida, apesar de ela me ter apresentado á família e criarmos amigos comuns, nunca a definimos. Da minha parte porque me convinha, sempre prezei muito a minha liberdade, da sua parte porque, eventualmente, esperasse que eu o fizesse.
- Fizeste-me mulher. Dizia ela emocionada no dia em que pela primeira vez fizemos amor.
O que mais recordo desse dia, e que permaneceu na minha memória até hoje, é o cheiro do seu cabelo. Alias, o seu cabelo cor de caju era lindo e sempre a cheirar a timotei ervas. Fecho os olhos e sinto o seu cheiro e imagino-me a acariciá-lo sob os reflexos dourados do sol de Setembro, mês em que a conheci.
Durante esse ano, sempre que podia, esperava por ela às 18 horas na mesma paragem de autocarro onde nos conhecemos, ficávamos a namorar onde podíamos… depois leva-a a casa. Sem saber bem porquê deixei de aparecer, passaram uns meses até voltar a vê-la, um dia cruzamo-nos por acaso. Ela ia com uma amiga e eu com a Maria, a minha namorada na altura, sorrimos e cumprimentamo-nos sem no determos.
Passados alguns anos soube que tinha casado, desejei-lhe sinceras felicidades, ela merecia e não pensei mais nela até me cruzar com ela recentemente.
- Olá André. Disse ela com um grande sorriso no rosto.
Aquele sorriso, franco e aberto, trouxe-me de volta a Violeta que eu conhecera e os momentos que vivemos.
- Olá! Respondi enquanto trocávamos dois beijos.
Encontramos-nos por acaso no centro comercial que fica por baixo onde prédio onde trabalho.
- Tu por aqui? Há quanto tempo? Disse enquanto, inexplicavelmente, a abraçava.
- Almoço. Alias, vou almoçar. Respondeu.
- Almoço aqui todos os dias com as minhas colegas. Acrescentou apontando para um grupo que estava sentado numas mesas mais á frente.
- Aqui? Todos os dias… Repeti, ainda surpreso.
- Sim, trabalho num colégio aqui perto. E tu? Respondeu.
- Eu trabalho aqui, quer dizer por cima. Trabalhas num colégio? Perguntei.
- Sim, estava a estudar para educadora de infância, ainda te lembras? Sorriu.
- Acho que já te tinha visto por aqui, mas fiquei na dúvida, pelo cabelo rapado… Acrescentou.
- Claro que me lembro, disso e de outras coisas. Devolvi o sorriso e não deixei de reparar que ela tinha ficado ligeiramente corada.
Eu estava de saída e ela já tinha as colegas a reclamar pela sua presença, assim combinamos almoçar com calma no dia seguinte.
Pensei nela resto do dia, ansiando pelo nosso almoço, estava mais linda do que nunca. Mais mulher, mais sedutora e segura de si do que à dez anos atrás, naquele momento desejei que ela tivesse sido só minha naqueles dez anos.
No dia seguinte, com o meu melhor fato, á hora combinada esperei por ela no andar da restauração, quando ela surgiu, vê-la ao longe a dirigir-se para mim naquele andar sedutor que lhe realça as belas curvas, fez disparar o meu coração.
- Olá André! Disse ela radiante.
- Olá minha Flor. Respondi sorrindo, na verdade ela parecia uma flor, uma bela violeta, cultivada a céu aberto e com muito amor.
- Só tu me tratas assim, ainda sou a tua flor? Respondeu com um magnífico sorriso.
- Serás sempre… Disse.
Durante o almoço, em que ficou visível o enorme carinho que ainda existia entre nós, falamos abertamente sobre a nossa vida, o que nos tinha separado, do seu casamento e separação e falamos também da Carolina, a sua filha de cinco anos.
- Estou separada à três anos e só tenho vivido para ela, é o meu amor! Disse emocionada enquanto me mostrava as fotos dela.
Nesse dia, á noite, quando me preparava para deitar recebi uma sms dela:
- Adorei o almoço. Dizia.
- Eu também, anseio pelo próximo… Respondi.
Passado alguns minutos a resposta:
- Janta comigo na sexta, a Carolina fica com a avó. Dizia
- Combinado! Beijo. Respondi.

Sexta-feira a hora combinada estacionei o carro em frente a sua casa e toquei a campainha.
- És tu? André… Disse ela.
- Sim. Respondi.
- Já vou, beijinho. Disse.
Ela estava linda, com um vestido grená muito justo e decotado quanto baste, realçando na medida justa o seu belo peito e a perfeição da suas curvas.
- Estás linda! Valeu a pena esperar. Disse sorrindo enquanto abria a porta do carro para ela.
- Sempre cavalheiro. Respondeu a sorrir.
- A onde me levas? Acrescentou.
- A um sitio que ambos gostamos e que nos trás boas recordações, Restaurante Nortada. Disse enquanto punha o carro em funcionamento, o destino era a Praia Grande em Sintra.

Continua…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Matilde, 23 anos (continuação)

É estranho voltar a um lugar onde fomos felizes sem a pessoa que motivou essa felicidade. É estranho voltar ao Porto sem ti. É estranho desejar perder-me na multidão numa noite de São João e encontrar-te novamente. É estranho, e nem sequer é preciso atravessar a Ponte do Freixo para sentir essa nostalgia, basta saber que vou ao Porto e que tu já não estás lá a minha espera…

Não é a primeira vez e seguramente não será a ultima vez que volto ao Porto depois de ti…sei bem que acabou e também sei que não tem retorno, nem tão pouco o desejo, mas não consigo evitar pensar em ti sempre que volto ao Porto. Fomos amantes apaixonados e cúmplices, trocamos segredos e desejos. Fomos felizes. Cometemos erros e o que era forte tornou-se frágil, fogo ardente sobrou um sentimento agridoce como o sal das tuas lágrimas no dia em que nos separamos.

Conheci a Daniela numa noite de São João, estava no Porto com um grupo de amigos para assistir aos festejos, ela sendo da Guarda, estava a estudar no Porto, chegamos ao final da tarde e elegemos o Cais de Gaia como Ponto de partida e foi aí que nos conhecemos. Apaixonei-me por ti no exacto momento em que esbarramos um no outro, a energia que essa colisão gerou consumiu-se rapidamente nos dois anos que estivemos juntos. Dessa primeira noite recordo a alegria de estar contigo, a cumplicidade que se estabeleceu entre nós, as conversas e o amanhecer em silêncio enroscados na Foz.

Era para ficar um dia, que rapidamente se transformou numa semana, em que contava as horas e minutos em que podia estar contigo, fizemos amor pela primeira vez no regresso à Guarda, onde ela passava o fim-de-semana, eu a Lisboa e embora não ficasse de caminho fiz questão, como nos anos que se seguiram, de a deixar em casa e foi nesse regresso que nos amamos pela primeira vez.

Parei o carro na berma da estrada e amei-a ali mesmo, na bela e fria cidade da Guarda. Não durou mais do que cinco minutos, mas valeu pela excitação do momento e do local. Ela deitada, no banco do pendura, nua de pernas abertas esperava por mim. Os vidros já estavam embaciados, lá fora o trânsito era intenso, enchi-me de coragem e despi-me por completo, trocamos carícias e beijamo-nos com toda a nossa paixão. Deitado sobre ela sentia todo o calor que o seu voluptuoso peito transmitia, as suas mãos nas minhas nádegas pressionavam-me para concretizar o desejo que ambos sentíamos, assim foi, firme mas delicadamente penetrei-a.

- Oh! Sim… amor olha para mim, diz o que sentes…Disse ela.

- Adoro-te! Adoro a tua boca, o teu peito, as tuas pernas… a tua forma de andar, a tua cona… Oh! Tão boa! Respondi, doido de tesão, ao seu ouvido.

- Sou toda tua, meu amor… para sempre. Sussurrou no meu ouvido.

Desse momento mágico, em que concretizamos a nossa relação, decorrerem três anos até ao momento em que mais uma vez volto ao Porto, sem ti mas pensando em ti, para passar o fim-de-semana com a minha colega Matilde.

Ando com ela à cerca de um mês e aproveitamos o fim-de-semana prolongado para passar uns dias de luxúria no Norte, tendo o Porto por base.

A viagem correu bem, com a Matilde deitada sobre o meu colo, ora dormindo ora deleitando-se com o meu pénis, nunca uma viagem de três horas me tinha sabido tão bem, assim logo que chegamos ao hotel corremos para a cama para acalmarmos o nosso desejo. A Matilde é doida por sexo e tão boa na cama que me deixa completamente viciado, é difícil dizer-lhe que não, mesmo quando as forças estão já no limite, não era o caso, assim logo que entramos no quarto ela encostou-me á porta e baixando-me as calças abocanhou o meu pénis.

- Oh! Delicia… Disse, de olhos fechados, enquanto lhe afagava os cabelos.

- Está no ponto… estava desejosa de chegar ao hotel. Respondeu fazendo uma pausa.

- Vem, fode-me como só tu sabes fazer. Concluiu, enquanto se despia.

Toda nua, que corpo delicioso, sentou-se na beira da cama e puxou-me para ela, com uma mão acariciava o meu pénis e com a outra o seu clítoris, depois mais uma vez deliciou-se com o meu pénis durante uns minutos.

- Olha que eu venho-me. Provoquei.

- Só depois de comeres a minha ratinha. Respondeu no mesmo tom.

Agarrei a sua cabeça e puxei-a para mim de seguida beijamo-nos enquanto ela se deitava, percorri o seu pescoço com a língua e detive-me no peito lambendo-o e mordiscando os mamilos alternando a carícia com uma mão, a outra mão já trabalhava a sua vulva quente e húmida. Baixei um pouco mais e passei a língua pela sua barriga introduzindo-a no umbigo, ela expectante com o minete que se adivinhava, gemia, desci e introduzia a língua o mais fundo possível na sua cona levando-a ao delírio. Depois subi ligeiramente passando a língua levemente no clítoris, no minutos que se seguiram entretive-me a brincar com o seu clítoris ao mesmo tempo que introduzia o dedo anelar na sua cona fazendo movimento de vaivém, ela com as mãos acariciava-se no peito e gemia desalmadamente.

- Oh! Vem, beija-me e fode-me! Disse puxando-me para ela, que se colocava em posição de poder receber-me, com as pernas dobradas e semi-abertas.

- Oh! Isso… adoro, adoro, adoroooo o teu pau na minha cona, dá-me bem! Quase gritava.

- Fodasse-se! Disse entre grunhidos.

Que delicia de cona. Pensei, mas já não consegui dizer tal a intensidade do prazer que sentia.

Estivemos nessa posição vários minutos sempre com movimento de grande intensidade, sentia os seus músculos a contrariarem cada vez mais, com maior frequência. Ela gemia, gritava, arranhava-me as nádegas e mordia-me o peito, sentia que ela estava quase no clímax, mas eu queria mais assim parei os movimentos e beijei-a depois levantei-me ligeiramente e introduzi o pénis na sua boca.

- Oh! Isso. Disse deixando que ela mamasse ao seu ritmo.

O objectivo era que ela arrefecesse um pouco, para juntos prolongarmos mais aquele momento de prazer.

- Oh! Mamas bem. Continuei.

- Oh! André come-me à canzana… vá arrebenta comigo… preciso do ti dentro…. Respondeu ela decorrido alguns minutos, com a voz melosa de tesão.

Assim fizemos, ela colocou-se de gatas na cama e agarrou-se a cabeceira da mesma empinado bem o rabo para que eu a comesse. Dei-lhe umas palmadas no rabo e penetrei mais uma vez aquela cona deliciosa cada vez mais quente e completamente molhada.

- Oh! Querido… tão bom! Gemeu enquanto eu a penetrava profundamente.

Ela de gatas na cama e eu por trás de pé com as pernas flectidas, malhava nela fundo e forte, com uma mão dava-lhe palmadas no rabo e com a outra introduzia o polegar no seu ânus.

- Oh! Isso… dá-me bem! Gritava.

Estávamos quase no auge quando o telefone tocou.

- Oh! Fodasse… Disse.

- Não paras, não pares… Dizia ela louca de tesão.

- Tem de ser. Respondi aliviando os movimentos.

- Oh! Não o tires… eu atendo. Se assim o disse melhor o fez.

- Sim… Disse gemendo e de seguida passou-me o telefone.

- Oh! Querido… não pares, tou quase. Dizia gemendo de prazer. Não resisti e aumentei o ritmo das estocadas enquanto ouvia no telefone a voz sensual (pelo menos assim me pareceu naquele momento) da moça da recepção.

- Desculpe incomodar, mas tem o carro mal estacionado. Disse a recepcionista do hotel. Com a pressa de subirmos tinha deixado o carro a bloquear q entrada da garagem.

- Oh! Sim… Disse preste a vir-me e deixei cair o telefone, concentrando-me apenas em satisfazer aquela cona deliciosa que se contraia cada vez mais à volta do meu pénis, aumentei até ao limite a intensidade das estocadas e preparei-me para gozar dentro dela.

- Isso… querido vem-te! Mete tudo e esporra-te… oh! Tão bom. Gritava ela enquanto explodia violentamente de prazer dentro daquela cona deliciosa que envolvia por completo o meu pénis.

- Oh! Delicia de cona! Gritei no clímax que pareceu durar uma eternidade, ela abanava o rabo, por fim disse:

- Vem querido, agora quero o teu pau na minha boca…

Com ela o serviço é completo.

Virou-se para mim e gentilmente introduziu o pénis, meio dorido de tanto exercício, na sua boca, um mimo.

-Fodasse! A gaja da portaria… Disse lembrando-me do carro mal estacionado.

- O quê? Retorquiu

- O carro está mal estacionado… Levantei-me dirigindo me para a porta.

- Essa pressa toda é pelo carro ou vontade de ver a gaja… é que devias vestir pelo menos as calças. Disse ela a rir.

Vesti as calças, sem cuecas, uma camisa e sapatos e desci à recepção.

- Desculpe o incomodo…Disse a recepcionista quando me viu.

- Não tem mal, eu meto-o na garagem… Respondi com malícia.

(..)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Acho piada a esta cena da net...

Acho piada a esta cena da net, a sério. Anda meio mundo a enganar a outra metade e vice-versa. Um amigo diz que sou um céptico, eu chamo-lhe a dúvida metódica… Isto tudo a propósito das amizades virtuais. Antes de mais devo dizer que não acredito na amizade entre sexos, muito menos virtual.

Até acho piada as gajas que dizem:

- O meu melhor amigo é homem…

Pois, ou és um trambolho ou então boa demais! De qualquer forma na primeira fraqueza, o teu melhor amigo traça-te! Se for mesmo Homem... Mas adiante. Andam todos, na net, a procura de novas amizades… são todos muito felizes e só querem é mesmo “conversar”. Como se isso fosse possível na net. Se querem mesmo conversar comecem em casa, depois estendam essa conversa aos vizinhos, amigos e colegas. Convide um (a) colega para tomar algo, de preferência com álcool, numa esplanada a beira-mar ou rio. Vai ver que a conversa é muito mais agradável. Enfim é uma conversa… ou algo mais. Deixe-se levar, pela imaginação, mas com coisas palpáveis… esqueça o virtual.

O sonho comanda a vida, diria o poeta. Mas citando Freud, para quem não sabe é o “pai” da psicanálise, o sexo comanda-nos a Todos.

E aí chegamos ao ponto. O “negócio”, como diriam os brasileiros, é mesmo sexo! Mas é evidente que todos fingem que só querem amizade.

Imaginem o marido, ou namorado, que vê o perfil da mulher num site de encontros na net:

- “Procuro sexo… o meu homem já não me satisfaz”

F*** o homem passa-se! Agora se estiver:

- Procuro novas amizades.

Epá, o gajo até acha bem. A mulher deixa de o chatear com “aquelas mariquices” e o gajo fica só com o sexo, a melhor parte! Entretanto, também ele vai facturando umas “amigas” na net.

Resumindo a “amizade” é só o pretexto para algo mais… sexo!

Não há mal nenhum em assumir isso, existe alguma coisa melhor? Ainda não inventaram… é por isso mesmo que estamos aqui!

Até acho normal que numa sociedade como a nossa, em que se hiper valoriza a imagem e o politicamente correcto, se tente disfarçar:

- Ah e tal é só amizade…

Mas por favor não exagerem! De tão polidos serem perdem o “brilho”.

Façam como eu, digam sempre ao que vão…


P.S.

Para quem curte os meus relatos íntimos, volto no próximo post com mais uma história de alguém que aqui conheci…

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E se ela não existir?! A tal...

Imagine que a pessoa por quem se apaixonou, a tal. Imagine que essa pessoa afinal não existe. Seria trágico, não? Talvez…
Não que a pessoa em si não exista, mas tão só já não é aquela por quem se apaixonou. Não significa isso que seja pior ou melhor pessoa, apenas não é mais a mesma que o encantou. Talvez o mal seja nosso, projectamos o nosso ideal, as nossas necessidades noutra pessoa e passamos a vê-la, não como ela é na realidade mas, como nós gostaríamos que ela fosse. Talvez precisássemos de um filtro, como num magnífico dia de verão em que a luz do sol por ser tão intensa não nos permite desfruta-la na sua plenitude, nesses dias, um vulgar par de óculos de sol faz a diferença, permite-nos apreender e desfrutar melhor todas as cambiantes que a luz solar nos oferece, talvez seja esse o filtro para que as possamos ver com outros olhos e assim nos possamos aperceber como elas são, com os seus defeitos e virtudes. Na realidade não existe apenas um “EU” somos seres objectivos e simultaneamente subjectivos, o nosso “EU” objectivo depende do sujeito que o observa e aqui a variável é infinita tornando-se subjectivo. A ideia que temos de nós próprios raramente coincide com aquela que os outros têm de nós e a ideia que temos dos outros é necessariamente subjectiva e muitas vezes resultam de projecções nossas. Por isso a desilusão seja uma constante da vida.
Se pensarmos bem todos os dias nos desiludimos como alguém, quanto mais não seja com o mundo, quantas vezes nos sentimos incompreendidos e injustiçados. Acontece todos os dias. Como os casais que se separam, as pequenas e as grandes desilusões que temos no dia-a-dia com as pessoas que mais amamos, os desencontros da vida. E se perdermos uns minutos do nosso dia a observar os rostos das pessoas com quem no cruzamos, veremos que a amargura e desilusão marcam esses rostos, embora a alegria e a esperança se mantenham, mais latentes nuns que noutros.
As desilusões amorosas são aquelas que nos marcam em profundidade, e quando pensamos que as superamos basta uma música, um aroma, uma imagem para que tudo venha novamente á superfície. Passe o tempo que passar, basta um pequeno momento de fragilidade para que tudo regresse.
Impossível de acontecer comigo. Tinha sempre a situação controlada, sempre na crista da onda. Julgava-me intocável, até conhecer a Joana, a tal.
Com ela quebrei a regra mais valiosa, a minha regra de ouro:
- Não te envolvas emocionalmente, sem antes te envolveres fisicamente. Foi o meu primeiro erro e o princípio do fim…

Combinamos encontro nas Pedras:
- Quando chegares dá um toque a dizer onde estás que eu vou ter contigo. Disse ela ao telefone.

Levantei-me mais tarde do que habitualmente faço, e nu fui até a cozinha beber o meu copo de água matinal. Depois a rotina do costume: esvaziar a bexiga e os intestinos após o que fiz cuidadosamente a barba, então enchi a banheira e preparei-me para um relaxante banho de hidromassagem, a viajem era longa, e o banho ia ajudar. Enfiei-me na banheira, liguei cuidadosamente o meu mp3 e relaxei ao som de Lenny Kravitz.
Pensava nela, no seu sorriso cativante, na sua alegria contagiante. Os meus sentimentos por ela eram um misto de ternura, carinho e tesão. Sentimentos que se foram acentuando nos cerca de dois meses que falávamos ao telefone, ou através da net quando estava no escritório, alias desde que a conheci que passei a achar o trabalho de escritório bem mais interessante, permitia “estar” mais tempo com ela, vê-la, trocar fotos. Enfim tornou o meu trabalho rotineiro, entre relatórios e reuniões, bem mais aprazível. Cheguei ao ridículo de colocar a foto dela como fundo no meu pc. Estava apaixonado!
Ao fim de 40 minutos sai do banho, enxuguei-me, coloquei creme na pele e após uma pequena indecisão na escolha do perfume, optei por Paço Rabanne Black xs em detrimento de Hugo Boss Selection, pareceu-me a escolha mais adequada para aquele dia. Vesti as calças de ganga preta da Salsa e a camisa branca com dupla lista negra da Springfield, que tinha comprado na véspera. Estava pronto para sair de casa, o pequeno-almoço e toma-lo de caminho, em Aveiras, só faltava ligar o telemóvel.
Liguei e enviei-lhe uma sms:
- Bom dia com alegriaaaaa! Vou sair agora, até já. Beijo. (“Bom dia com alegriaaaa!” é uma expressão dela que eu simplesmente adoro!).

Aguardei a confirmação da recepção da sms e guardei o telemóvel. Sai directo a garagem. Falta algo, pensei. Quando ia a entrar no carro lembrei: As rosas! Na véspera tinha encomendado 12 rosas vermelho escuro na florista do centro comercial que fica junto ao meu prédio. Subi ao piso zero e dirigi-me a florista. Lá estava o meu ramo bem composto. Sorri para a empregada, paguei e zarpei. O destino era vila real. De caminho liguei para a empresa para dizer que passava o dia fora, tinha de visitar varias obras e na quinta-feira apresentava os relatórios. Mentira.
Tínhamos combinado ás 13 horas, era a hora de saída dela, nas Pedras Salgadas. Olhei para o relógio, meio-dia e ainda estava em Coimbra, optei por ir até Aveiro e depois apanhar a A25 até Viseu e aí seguir pela A24 para Vila real/Chaves. Assim fiz, e perto da uma da tarde passei pela Régua, preocupado com ela, liguei mas não atendeu, enviei uma sms:
- Passei a Régua…
Esperava que ela entendesse que estava atrasado e me ligasse ou esperasse por mim. Continuei e por volta das duas da tarde cheguei finalmente as Pedras Salgadas.

Estacionei em frente aos correios e perto do café Ponto de Encontro, sorri achei o nome apropriado ao momento, situado na única avenida da simpática vila, e como combinado enviei uma sms:
- Cheguei! Tou em frente ao café ponto de encontro, Bj.
Esperei longos 5 minutos sem resposta. Liguei para ela, o telefone tocava mas ninguém atendia.
- Tou fodido. Pensei.
Não esperava, nem nunca me tinha acontecido, uma cena daquelas. Andar 400 km para nada. Insisti no telefone, nada. Enviei outra sms:
- Tas satisfeita? Fodeste-me bem! Isso não se faz… espero que fiques bem com a tua consciência, se é que a tens. Vou embora, não te procuro mais. És uma desilusão, adeus!
Tinha descarregado parte da minha raiva. Esperei mais 5 minutos por uma reacção embora o meu instinto me dissesse que não valia a pena esperar. Confirmou-se, ela não apareceu nem ligou. Será que esta mulher existe? Pensei. Será que nestes dois meses sonhei com a mulher perfeita, seria ela uma partida dum qualquer software? Estaria este tempo todo a falar com um simples computador? Não! Nada como confirmar, sabia o seu local de trabalho e assim passei por lá.
- Olá, boa tarde. A Joana está, por favor. Perguntei na recepção.
- Não, já saiu. As quartas sai as 13 e não vem de tarde. Respondeu a recepcionista com um sorriso.
Não sei se fiquei feliz ou mais triste ainda. Por um lado ela existia, era real. Por outro a desilusão era grande!

De novo no carro, estacionado em frente ao seu local de trabalho, tentei mais uma vez ligar para ela, sem sucesso. Decidi ir até Vila Pouca, sempre a me podia cruzar com ela no caminho, mas tal não sucedeu. Acabei por seguir até Vila Real, onde almocei. Depois de almoçar e após enumeras tentativas para falar com ela desisti e liguei á minha amiga Maura.
- Olá a que devo a honra? Perguntou com uma gargalhada.
- Olá, tas boa? Estou em Vila Real, vou agora para baixo posso passar aí? Respondi.
- Estas a vontade só preciso de duas horas, estou no turno da manhã. Disse ela.
- Ok, duas horas. Espero por ti no “Agua Benta”, beijo. Respondi.
Pedi a conta, paguei e sai com destino a Viseu. Estava mais calmo, mas quando cheguei a carro reparei no ramo de rosas, fiquei fodido novamente. Agarrei nas rosas e enfiei no caixote de lixo mais perto.
- “Otário” pensei.
Resolvi mandar uma última sms:
- Tens medo de atender o telefone? Não vou ser grosseiro embora o mereças. Só queria ouvir a tua voz para saber se existes mesmo. Ou serás produto da minha imaginação?

Estava quase a chegar a Viseu quando o telefone tocou. Era ela, parece que estava a espera que me fosse embora para ligar.
Atendi:
- André, desculpa. Não foi com intenção, onde estás? Disse.
O meu estado era um misto de fúria e de emoção pelo prazer que a voz dela me provoca.
- Estou em Viseu… Tudo bem depois falamos. Respondi enquanto desligava o telefone para não ser traído pela emoção que transparecia na minha voz.
- “Está tudo bem?! Otário!” pensei, enquanto dava dois murros no tablier do carro. Fodasse!

Já estava sentado no café a beber uma água com gás, quando recebi nova sms dela. Nem me preocupei em ler, estava numa de descontrair. Pouco depois chegou a Maura.
- Olá! Meu carequinha sexy… disse ela sorrindo para mim.
Aproximou-se de mim enquanto me levantava e beijou-me na boca.
- Olá, estás bem? Perguntei.
- Sim, e tu também… Sorriu com malícia, acrescentou: que contas?
- Bebes alguma coisa? Perguntei.
- Não, estou um pouco à pressa, tenho um encontro no fim da tarde e ainda vou a casa. Respondeu.
- Tive uns assuntos em Vila Real e lembrei-me de ti, já não nos vemos à uns tempos. Disse.
- Queres que te diga à quanto tempo? Respondeu a rir. Depois acrescentou: Vamos até minha casa, passas cá a noite?
- Sim, se o teu sofá estiver disponível. Sorri.
- No sofá? Isso é novidade… Rimos os dois.
Entretanto recebi mais uma sms da Joana.
- Não lês? Hum… andas a fugir de alguém. Disse ela a rir.
- Nada de importante, vamos? Respondi.

Chegados a casa dela, situada perto do Fontelo, fomos tomar banho.
- Vou tomar banho, fazes-me companhia? Perguntou com malícia.
- Estou mesmo a precisar, foram muitas horas ao volante, mas não queria abusar. Respondi enquanto ela soltava uma gargalhada.
- Abusar, tu? Não…Vá tomamos banho juntos e pomos a escrita em dia, quero dizer falamos, ok? Disse divertida.
Despimo-nos no quarto e fomos juntos para a casa de banho.
- Continuas em boa forma. Disse enquanto apreciava o seu corpo alto e esguio. Nádegas pequenas e firmes ligeiramente arrebitadas, sem uma grama de celulite. Pernas longas quase atléticas. O cabelo preto liso e comprido acentuava bem a sua pele muito morena. Muito sensual.
- Ai, ai, André… não te ponhas já com ideias, também não estás mal! Respondeu divertida.
Já na casa de banho abriu a água quente e temperou com a fria.
- Se bem me lembro não gostas da água muito quente. Disse ela acrescentando: um minuto, chichi.
Sentou-se na sanita enquanto eu entrava para a banheira. A água estava impecável e melhor ficou quanto ela se juntou a mim. Abraçou-me por trás, esmagando o seu peito nas minhas costas. Estava em brasa, voltei-me para ela, que sorria para mim. Depois beijou-me na boca, primeiro ao de leve e depois com intensidade. Ficamos assim uns minutos, com as nossas línguas a explorarem em profundidade as nossas bocas. Quando o meu pénis deu sinal de vida ela despertou para a realidade e afastou-se ligeiramente.
- Tinha ficado combinado que não havia mais sexo entre nós. Disse meio séria.
- Tu é que me beijaste… Respondi divertido com a cena.
- Mas eu posso beijar-te…isso não quer dizer que haja sexo, certo? Disse ela a rir.
- Ok! Posso ao menos ensaboar-te? Respondi no gozo.
- Tonto! Retorquiu a rir.
As mulheres são mesmo complicadas, difíceis de entender. Quanto mais as conhecemos, menos as entendemos. Penso que nem elas mesmo se entendem. Como diz meu amigo Mário:
- As gajas deviam vir com um livro de instruções, era mais fácil!
Mas o mais interessante, para mim, é que essa dificuldade em entende-las as torna ainda mais desejáveis. No fundo tratasse de um jogo de sedução que elas estão habituadas a jogar desde de a mais tenra idade.

O banho deu para por a escrita em dia, alias só deu mesmo para isso, também não era a altura mais indicada para sexo, ainda tinha muito presente a desilusão que Joana constituía. Falamos como duas pessoas que se gostam e que em certa altura da vida tiveram um percurso, embora curto, em comum.
- De certeza que não queres vir? Perguntou ela, já pronta para sair. Acrescentou: É um jantar de amigas. Venho cedo, amanhã entro no hospital cedo.
- Força, tas a vontade. Vou até ao Agua Benta, tomar um gin tónico e depois como qualquer coisa por ali… quando chegares já cá estou. Respondi.
- Isso, bom menino, falamos melhor então. Retorquiu divertida, acrescentando: deixas-me no Fórum?
- Claro. Respondi enquanto saíamos.

Na esplanada do bar com o gin tónico à frente decidi ler as sms da Joana. Não dizia nada de especial, apenas se justificava dizendo que se tinha esquecido do telemóvel em casa e que por isso não tinha podido comunicar comigo. Tretas, pensei. Pedia ainda que lhe ligasse quando a raiva me passasse. Dei mais uns goles no gin e desfrutei o ambiente: bom enquadramento urbano, com a Sé catedral de Viseu em plano de destaque, a luminosidade do dia, os materiais utilizados e o razoável estado de conservação conferia uma beleza intemporal àquele aglomerado. Tinha reencontrado o meu ponto de equilíbrio.
Decidi ligar à Joana:
- Alô. Disse quando ela atendeu.
- André desculpa, juro pela minha saúde que foi sem intenção. Respondeu, após uma pausa continuou:
- De manhã sai à pressa de casa e esqueci-me do telemóvel, depois do almoço ia busca-lo a casa nas tive de ir a uma reunião em Vila Real. Só cheguei a pouco a casa. Concluiu.
- Ok, se tu dizes eu acredito. Mas não precisas pedir desculpa, o erro foi meu, avaliei mal a situação. Respondi tranquilo.
- Avaliaste mal? Como assim…? Questionou-me.
- Pensei que tivesses tão envolvida quanto eu… Retorqui.
- Oh! Não digas isso. Respondeu.
- De qualquer forma não estava destinado conhecermo-nos, por isso é melhor ficarmos por aqui. Disse eu.
- Já sabia que ias dizer isso… onde estás? Perguntou.
- Viseu, passo cá a noite. Respondi ainda na esperança que ela sugerisse outro encontro, mais logo ou no dia seguinte.
- Mas estás onde? Perguntou novamente.
- Numa esplanada a beber um gin tónico. Respondi com ironia.
- Sim, mas ficas aonde? Num hotel, pensão…? Perguntou.
Sim, podia dizer que ficava num hotel, mas mais uma vez fui sincero com ela.
- Em casa duma pessoa amiga. Disse.
- Uma pessoa amiga ou uma amiga? Questionou.
Perguntas a mais, muito interesse para quem umas horas antes se tinha esquecido de mim. Mulheres… Nunca sabem o que querem, apenas sabem que não gostam de perder.
- Uma amiga, apenas isso. Respondi.
- Pois, combinaste comigo e com essa amiga não fosse a coisa dar para o torto. Disse.
Ciúmes nesta altura, tens cá uma lata. Pensei.
- Apenas combinei contigo. Respondi, acrescentando: esta conversa não leva a nada, ficamos assim…
- Não me queres ver mais? É isso? Perguntou.
- Vamos falando. Respondi.
- Então é assim… Disse ela.
- Que queres que te diga? Sabes bem o que sinto por ti, adoro-te Joana! Mesmo sem te conhecer pessoalmente, pelo que conversamos, pela pessoa que és… Respondi com emoção. Depois acrescentei:
- Se realmente me queres eu passo aí na próxima quarta-feira para nos conhecermos, mas tens de dizer que me queres. Conclui.
- Sim, quero que venhas e até podemos para a noite juntos. Tenho medo, não foi isso que aconteceu hoje, mas tenho medo… Respondeu.
- Não tenhas medo de gostar de mim. Disse.
Assim combinamos novo encontro para a semana seguinte, mesmo sabendo que o mais certo era não acontecer, quis acreditar, e o desejo de conhece-la ainda era muito grande.

Perto das onze da noite voltei para a casa da Maura, ela tinha acabado de chegar do seu jantar de amigas. Preparou um dry martini para ambos, colocou um cd de Joe Cocker e juntos no sofá à meia-luz curtimos o momento.
- Como correu o teu jantar? Perguntei.
- Bem, sabes coisas de mulheres… Respondeu.
- E o teu coração? Tem dono? Perguntei.
- Queres saber se ando a comer alguém, não é? Não, já tive a minha dose de homens. Respondeu enigmática.
- Não me digas que mudaste de equipa… Disse a sorrir.
- Não, cruzes! Se bem que… queres saber uma coisa? Quando andava na faculdade, no 2º ano partilhei a casa com uma funfa, sério. Disse olhando bem para mim.
- E? Disse expectante.
- Era uma miúda muito bonita, uma autêntica boneca, dávamo-nos muito bem… e até chegamos a curtir, mas, conheces-me, faltava algo. Sabes bem do que gosto. Concluiu sorrindo enquanto me acariciava o pénis: ficaste com tesão, não é?
Inclinou-se para mim e beijou-me na boca com tesão. Agora estávamos deitados no sofá, ela por cima, com as bocas bem coladas. Com as duas não apalpava o seu rabo pequeno e rijo, o meu pénis já estava em sentido pronto para acção, quando ela se levantou.
- Era o meu beijo de boa noite. Disse ela sorrindo: vou me deitar, amanhã levanto cedo.
- Então boa noite. Respondi.
Afastou e junto à porta da sala virou-se e atirou um beijo enquanto piscava o olho. Voltou passados uns minutos, nua, com uns lençóis.
- Se quiseres podes dormir comigo na cama, sem sexo… mas como tu dormes nu e eu também isso deve ser difícil. Disse ela a sorrir.
Aproximou-se e colocou os lençóis no sofá.
- Pões um por baixo, deitas-te e tapas-te como o outro… Disse divertida.
- Já agora contas-me uma história para adormecer, mãezinha. Respondi no mesmo tom.
Sorrimos, trocamos um abraço e um beijo.
- Bons sonhos. Disse ela.
- Igualmente. Respondi enquanto apreciava o seu corpo.

A Maura tem uma bela figura é daquelas mulheres que por mais que se esforcem nunca conseguem passar despercebidas, além disso é bastante divertida e tem um grande carácter. Somos amigos à três anos, praticamente desde que ela se separou do marido.
- Um montanhês tosco. Dizia a Maura numa das nossas conversas, continuando: Sabes que sou de Coimbra, mas sempre passei as ferias em Viseu, a terra dos meus pais, e foi num desses verões num baile na aldeia que nos conhecemos. Tinha 17 anos e ele era um pouco mais velho que eu, nesse verão não nos largamos mais.
Faz uma pausa e continua:
- Foi o meu primeiro homem e casamos logo que terminei o curso. Consegui colocação no hospital de Viseu e ficamos a morar cá. Mas ao fim de um ano eu já sabia que o nosso casamento não iria longe.
- Porquê? Perguntei.
- Por muita coisa. Não pelo que estás a pensar, ele até era bom na cama apesar de conservador, com ele era sempre na posição de missionário, tinha muita energia e era bem avantajado mas não tinha tanta imaginação como tu, Disse divertida continuou: também era impensável pedir-lhe que me comesse o cu, e sabes que adoro isso… não, não foi pelo sexo. Era uma pessoa difícil, sem diálogo, incapaz de manter uma conversa ou de fazer um galanteio. Era mesmo rude.
- Foi pena só descobrires isso de pois de casar. Disse eu.
- Sabes como as coisas são, era uma miúda quando comecei andar com ele e depois achava piada aquele jeito rude que ele tinha. As coisas vão se enrolando e quando damos por elas já estamos casados. Justificou-se.

Conheci a Maura numa festa em casa de amigos no Porto, foi paixão à primeira vista. Estava deslumbrante, sensual é a palavra certa, num vestido branco muito justo como se fosse uma segunda pele, dava para perceber todos os contornos do seu corpo. Logo que entrei na sala reparei nela que de imediato olhou para mim, sorrimos. Passamos o resto da noite a trocar olhares e sorrisos, até que perguntei ao Filipe, o anfitrião, quem era aquela morena tão sensual que estava a monopolizar as atenções masculinas.
- É a Maura, separou-se à uns meses do Jorge, aquele meu amigo de Viseu. Disse, continuando: a Paula – mulher do Filipe – gosta muito dela. Olha que ela já andou a fazer umas perguntas sobre ti.
O Filipe é assim, tem alma de alcoviteiro, mas é como a Paula um dos casais mais simpáticos e que melhor sabem receber os seus convidados, que tenho o prazer de conhecer. Somos amigos à mais de dez anos, desde que se casou com a Paula a minha leal amiga dos tempos de faculdade, uma das poucas que nessa época não passou pela minha cama, ainda chegamos a trocar uns beijos numa daquelas festas malucas que iam até de manhã, num sótão numa casa dum conhecido algures em Sintra. Desses tempos ficou uma sólida amizade que se mantém e se estende também ao Filipe.
- Não perdes uma, mas ela é toda boa! Disse Filipe entusiasmado.
- Quisera eu não perder nenhuma, então com aquelas qualidades. Respondi no mesmo tom.
Ela ao fundo observava como manifesto interesse a nossa conversa, abandonei a companhia do Filipe e dirigi-me para ela que se afastava sorrateiramente. Segui-a até ao piso de cima e dei com ela parada junto a porta da casa de banho, quando me viu entrou deixando a porta parcialmente aberta, pela frecha vi-a, levantou o vestido e tirou o fio dental, viu-me, sorriu para mim e convidou a entrar. Certifiquei-me que não havia ninguém no corredor e entrei trancando a porta de seguida.
- Olá, bela fugitiva. Disse eu.
Ela não respondeu, esboçou um sorriso sensual e avançou para mim beijando-me. Beijo longo e intenso, inteiramente correspondido por mim. As suas mãos já trabalhavam no meu pénis, procurando com afã tirar-me as calças que não foi difícil. Depois levantou o vestido sentou-se na bancada do lavatório com as pernas bem abertas.
- Vem, fode-me! Quase gritou.
Já tinha as calças e os boxeres completamente em baixo e o pénis em riste pronto para entrar em acção, desabotoei a camisa e avancei penetrando aquela cona impecavelmente rapada, enquanto isso beijava-a no peito.
- Oh! Isso fode-me! Repetia ao meu ouvido entre uma e outra lambidela. Com as mãos dava-me palmadas nas nádegas.
- Isso, oh! Dizia doida de tesão.
Malhava forte segurando-a com as duas mãos no rabo para não fugir, tal a violência das estocadas, ela estava deliciosa, muito quente e frenética. Preparava-me para gozar a qualquer momento quando ela abriu a torneira e molhou as mãos passando-as em seguida no meu peito, refrescando-o.
- Gostas bruto?. Disse com um sorriso nos lábios. Gostas de me foder? Ainda não provaste o melhor…
- Que delicia de cona! Respondi doido de tesão.
- Mete tudo e pára. Disse ela.
- Oh! Isso. Continuou, enquanto apertava as coxas quase esmagando o meu pénis.
Enquanto isso ela passava a língua nos meus mamilos mordiscando-os, o que me deixava ainda mais doido de tesão. Depois afrouxou a pressão das coxas no meu pénis o que me permitiu dar mas umas estocadas, pendurou-se em mim e mexia-se freneticamente cavalgando no meu pénis, gemia e dava gritinhos. Por fim parou e saiu de cima de mim pondo-se de costas, com as mãos bem apoiadas bancada do lavatório e o rabo bem empinado.
- Come-me no cu! Quase implorou.
Assim o fiz, primeiro dei-lhe umas palmadas no rabo depois com uma mão agarrei-a pelos longos cabelos e enquanto a beijava na nuca com a outra mão apalpava o seu rabo, penetrando-a no ânus com o dedo anelar, preparando o caminho. Ela delirava de ansiedade e empinava ainda mais o rabo, por fim enchi a mão com sabonete líquido e besuntei o pénis com ele penetrando-a de seguida.
- Oh! Ai… ai… mete, mete… Dizia louca de tesão.
- Oh! Cuzinho tão bom! Sussurrava no seu ouvido.
- Sim, gostas? Oh! Bruto… sim, mete tudo. Gritava.
Estava completamente transfigurada, com uma mão acariciava-se no clítoris enquanto a outra procurava na minha coxa puxando-me mais para ela.
- Oh! Oh! Vem-te no meu rabo… continuava.
Eu estava no auge, que loucura de foda, com uma desconhecida, numa festa na casa de banho da minha melhor amiga. Abstrai-me de tudo, agarrei-a com firmeza pela cintura e aumentei o ritmo das estocadas.
- Oh! Sim, isso… mete tudo, quero…quero! Gritava.
- Oh! Vou esporrar no teu rabo. Gritei no auge da tesão.
Retirei o pénis do ânus e esgalhei-o até ejacular, o famoso chuveirinho que tantas mulheres adoram, cobrindo-lhe as nádegas e as costas com esperma.
- Ui… tão bom! Disse.
- Oh! Isso… Dizia ela.
O barulho característico e a música da festa tornaram-se mais nítidos. Tinham passado, dez ou quinze minutos, parecida tudo normal.
- Maura. Disse já recomposta do sexo animal que tínhamos praticado.
- André. Respondi enquanto a beijava novamente.
- Temos de sair. Disse ela, continuando: vai à frente, eu preciso de mais uns minutos.
De pé junto ao lavatório, passei o pénis por água enquanto urinava ali mesmo, depois de me recompor sai.
- Até já. Disse.
A verdade é não a tornei a ver nessa noite, nem nos tempos que se seguiram, só voltamos a estar juntos dois meses depois, também no Porto. No ano que se seguiu mantivemos uma relação íntima, com encontros regulares, uma ou duas vezes por semana. Depois afastamo-nos a nossa relação tinha chegado a um impasse: ou assumíamos a relação ou então cada um seguia o seu caminho libertando o outro. Não me sentia preparado para abdicar da minha liberdade, ou talvez o que sentíamos não fosse suficiente forte para forçar uma mudança, talvez fosse apenas sexo e amizade.

Deitado, todo nu, no sofá com o portátil ligado comecei a escrever o filme do dia. Lembrei-me da Joana e enviei-lhe uma sms:
- Como vai a minha transmontana linda?
Passados uns minutos a resposta chegou:
- Bem, e a tua amiga? Vais dormir com ela?
Respondi:
- Durmo no sofá, aliás estou no sofá a escrever no portátil, depois mando-te por mail para criticares.
Mais uns minutos e a resposta:
- Hum… e ela está aí a ler as histórias?
- Não, já está deitada. Amanhã entra cedo, é enfermeira. Sabes que disse que podia dormir com ela na cama, mas sem sexo! Imagina!? Enviei a sms.
Não tardou a resposta:
- Porquê? Não achas possível dormires com uma mulher sem terem sexo…?
Não, com a Maura era impossível. Pensei.
Não respondi directamente:
- Amanhã falamos melhor, bisou (beijo).
Encerrei o portátil e preparei-me para dormir, estava cansado e o dia não tinha corrido conforme o planeado. Uma ilusão pensar que podemos planear os nossos dias com tanta fiabilidade, quando envolve o coração o melhor é não fazer grandes planos e deixar-se ir. Como diz o ditado: Quando o vento está por trás, o melhor é não nos viramos e deixarmo-nos ir… Adormeci.

Acordei quase de madrugada, e vi a Maura parada na penumbra da porta observando-me. Fingi estar a dormir, ela aproximou-se parando junto de mim, depois ajeitou a lençol tapando-me os pés. Sorriu e sorrateiramente abandonou a sala. Por momentos desejei que ela fosse a Joana.
Levantei-me cedo ainda a Maura estava a deitada e fui tomar banho. Tinha de regressar cedo a Lisboa, a tempo da reunião semanal de coordenação. Acabei de tomar banho e com a toalha enrolada na cintura sai da casa de banho. Para minha surpresa a Maura estava á porta, nua, apenas com um avental.
- Bom dia, nino! Vou preparar o pequeno almoço… Disse ela divertida.
- Agradeço, mas fica para outra vez. Tomo de caminho. Respondi.
- Oh! Fiquei muito decepcionada contigo… não me foste visitar a minha cama. Disse ela fazendo cara triste.
- Ah! Isso, pensei que não quisesses… Respondi.
- Homens, nunca são capazes de saber o que queremos. Retorqui sorrindo.
Depois ajoelhou-se, tirou-me a toalha e abocanhou o meu pénis alimentando-se com fervor. Estávamos no corredor, na porta da casa de banho. Fechei os olhos, levantei a cabeça e pensei:
- Que se lixei, chupa-o.
À medida que o meu pénis crescia mais ela se empenhava aumentando o ritmo, com uma mão acaricia os testículos e com a outra masturbava-se. Depois levantou-se e beijamo-nos de seguida pendurou-se em mim e sussurrou ao ouvido:
- Leva-me para o quarto e dá-me o que quero.
Levei-a para o quarto, ela colocou-se em posição em cima da cama, de gatas com o rabo bem empinado, como uma gata com o cio, com as mãos agarrou-se bem aos ferros da cabeceira da cama. Estava preparada para me receber:
- Leva-me a loucura! Disse ela com a voz melosa.
Não pensei duas vezes, com as mãos abri bem as nádegas e enrabei-a a seco, fechei os olhos e imaginei estar com a Joana. Que tesão!
- Ui! Ai…Isso! Gritava ela.
- Vou te arrebentar toda! Disse eu já descontrolado de prazer.
- Oh! Sim… dá-me à bruta… ui! Gemia ela.
Penetrava o seu ânus como se de uma cona se tratasse, estava completamente descontrolado de prazer, imaginava-me com a Joana. Aumentei o ritmo e preparei-me para gozar dentro dela.
- Oh! Oh! Que cona tão boa, tão apertadinha! Disse eu imaginando-me com a Joana.
- Sim! Isso… Estou quase. Dizia ela incentivando-me a aumentar ainda mais o ritmo.
Assim fiz, já quase no limite das minhas forças deixei-me vir ejaculando violentamente dentro dela.
- Oh! Que foda! Disse enquanto me vinha.
- Ai…Ui…Uiiiii… Vem-te querido. Vem-te! Repetia ela.
- Foi de mais! Estava mesmo a precisar. Disse eu enquanto a beijava nas costas, subindo para o pescoço, ela voltou a cabeça e beijamo-nos intensamente.

Já refeito, depois de mais uma passagem pela casa de banho, tomamos o pequeno-almoço quase em silêncio. Num impulso, numa fraqueza do momento tínhamos quebrado uma promessa de quase dois anos.
- Andas com outra na cabeça, não é? Perguntou.
Não respondi, limitei-me a olhar bem nos seus olhos.
- Uma mulher sabe, e hoje…estavas louco, parecia que estavas a comer outra. Concluiu.
- Não dramatizes, conheces-me… Sabes que te curto muito. Respondi.
- Não, não te preocupes comigo, estou bem. E adorei a forma como… Estou é preocupada contigo. Estás apaixonado! Respondeu divertida.
Rimos.

Já de regresso a Lisboa, em plena auto-estrada, pensava na loucura que tinham sido aquelas ultimas 24 horas.

(continua…)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Flor, 19 anos. Santarém

Combinamos encontro no jardim em frente ao estádio do Vitoria. Já antes havíamos combinado mas por um ou outro motivo o encontro não se tinha concretizado, desta vez tudo indicava que o mesmo se iria realizar. Eram 20 horas quando cheguei, estacionei o carro junto à esplanada e preparei-me para esperar por ela. Reconheci-a de imediato quando ela surgiu do outro lado da rua, vinha muito elegante, com saia pelo joelho, casaco branco e uma blusa em tom rosa. Andava com graciosidade e nem tropeção, quando enfiou o salto do sapato num buraco da calçada a deixou embaraçada pelo contrário reforçou a sua elegância. No carro estacionado do outro lado da rua observava-a, ela passou por mim e dirigiu-se ao jardim em frente, onde tínhamos combinado. Entretanto o telefone deu sinal.
Uma sms dela:
- Se passar por ti e não te reconhecer, não é por mal.
Sorri e de seguida liguei para ela:
- Olá, já passaste por mim… Disse eu.
- Sim? Onde estás? Perguntou, acrescentando divertida: Já perdi um sapato.
Aquela voz tem o dom de me derreter o coração.
- Estás a ver o Mini em frente do parque? Estou aí… Respondi.
- Tou a ver, até já. Disse ela enquanto desligava.
Do sítio onde estava podia vê-la, voltou atrás e em passo firme e elegante dirigiu-se para mim. Quando ela estava perto acenei com a mão pela janela, ela sorriu. Sai do carro, trocamos dois beijos:
- Olá, como estás? Perguntei.
- Bem e tu? Respondeu
- Vamos? Disse enquanto abria a porta do carro para ela.
- Onde vamos? Perguntou ela já dentro do carro.
- Jantar, conheces alguma coisa por aqui? Perguntei.
- Não, por aqui não… Respondeu.
- Não faz mal, improvisamos. Disse nas calmas enquanto olhava bem para ela.
Muito bonita e sensual, tive vontade de beijar aqueles lábios carnudos e sensuais, mas contive o impulso.

Não foi preciso procurar muito, perto do rio encontramos um restaurante simpático e acolhedor. Conversamos com naturalidade durante o jantar, optei por deixa-la falar de modo a tranquilizar-se e ganhar confiança. Acabamos a tomar o café na esplanada onde aconteceu o primeiro beijo.
- Vamos para um sítio mais tranquilo. Disse eu.
Ela sorriu e disse:
- Já estava à espera, onde é que eu já “ouvi” isso? Riu, acrescentando: Vamos.
Saímos do restaurante e já no carro estacionado em frente ao mesmo beijamo-nos novamente, mais intenso e uma carícia mais íntima. Enquanto a beijava introduzi a mão por dentro da saia, senti a sua coxa firme e sedosa, e só parei quando encontrei o seu túnel húmido e quente. Ela gemeu, depois segurou-me na mão e disse:
- Aqui não, vamos para outro sítio.
Gostei da voz, do sorriso, do toque da sua pele. Gostei dela deste o primeiro momento em que a vi. Graciosa, frágil e simultaneamente muito segura de si. Sabia ao que vinha, ela era o desejo no seu estado mais puro.
Sorri para ela, ajudei a colocar o cinto de segurança e arrancamos sem destino, apenas queríamos estar a sós. Enquanto percorríamos a cidade em busca de um local seguro para darmos asas aos nossos desejos, trocávamos beijos lânguidos e carícias, eu com a mão no calor das suas coxas e ela com a mão no meu pénis. Paramos na berma da estrada por duas vezes, em momentos de maior calor, numa delas protegidos por um camião TIR, ela aventurou-se e sentou-se no meu colo. Trocávamos beijos e as carícias eram cada vez mais íntimas, pensei em penetra-la ali mesmo, e ela queria o mesmo dado o afã com que desesperadamente me tentava despir as calças. Contudo não fomos bem sucedidos, ela inadvertidamente encostou-se a buzina accionando-a, o que traiu as atenções. Ela retomou o seu lugar e rapidamente saímos dali.
- Sei de um lugar mais calmo. Disse ela.
O desejo que ela despertava em mim era cada vez maior, não imaginava outro desfecho naquela noite que não fosse sentir o meu pénis deslizar no seu túnel delicioso. Assim foi, acabamos a noite a foder no carro nas traseiras dum prédio a uns quarteirões da sua casa.
Estacionei no sítio mais escuro num descampado nas traseiras dum prédio, debaixo duma árvore a meio caminho do rio Tejo. Ela despiu o casaco, tirou a blusa e a saia enquanto eu tirava os sapatos, as calças e abria a camisa. Trocamos beijos cada vez mais intensos, ela com a mão no meu pénis já erecto e eu acariciava aquela cona deliciosa, cada vez mais húmida e quente.
- Hum… adoro as tuas mãos. Dizia ela num tom de voz delicioso.
- E eu adoro a tua cona… Respondi no mesmo tom.
Deslizei para o banco do pendura enquanto ela se agachava no espaço reduzido e me lambia o pénis cada vez mais duro e grosso. Por fim sentou-se no meu colo, devagar deixou-me penetra-la, depois assumiu ela o ritmo. Cavalgava no meu pénis com loucura.
- Adoro o teu pau! Disse ela enquanto aumentava o ritmo.
Cada vez mais quente ela cavalgava, enquanto eu com uma mão estimulava o seu clítoris e com a outra apalpava o seu belo rabo introduzindo o anelar no ânus, com a boca alternava entre o seu peito e a boca apetitosa. Estava deliciado. Que cona tão gulosa! Perfeita, no tamanho e na temperatura… delirava de prazer.
- Oh! Isso… fodes-me bem! Dizia eu com a voz rouca de tesão.
Agarrei-a com as duas mãos pela cintura e aumentei o ritmo de penetração, sincronizando os movimentos com ela.
- Ai… Oh! És o maior… adoro o teu pau! Dizia ela cada vez mais fora de si.
Voltei a estimular o clítoris enquanto lhe chupava as mamas.
- Ui…Ui… isso que mãos! Ai… assim venho-me, venho-me! Gemia ela no meu ouvido.
- Sim, goza… vem-te… Respondi aumentando o ritmo das estocadas e aflorando mais levemente o seu clítoris.
- Oh! Tão bom… Não pares… por favor, não pares. Gemia no meu ouvido.
- Isso goza… respondi. Sentindo a sua cona a contrair-se, apertando mais o meu pénis.
- Oh! Não te venhas… não te venhas dentro de mim. Dizia ela sentindo-me quase no auge do prazer. Ela sentada no meu colo com as pernas bem abertas cavalgava com grande intensidade, eu estava quase no auge, prestes a explodir de prazer quando afrouxou o ritmo e parou. Sentia o meu pénis a latejar dentro dela, beijamo-nos com tesão, ela fazia pequenos movimentos circulares que me deixavam ainda mais doido de tesão.
- Quero comer o teu rabinho! Disse ao seu ouvido.
Ela hesitou, mas sorriu e levantou-se o suficiente para apontar bem o pénis no seu ânus.
- Trata-me com cuidado, é a minha primeira vez… Respondeu com um misto de receio e desejo que a situação que provocava.
- Tas por cima, tu é que controlas… Disse-lhe ao ouvido.
Sorrimos e trocamos mais um beijo enquanto ela se enterrava no meu pénis eu com a mão estimulava ao de leve o seu clítoris.
- Oh! Gemia ela.
- Dói? Perguntei.
- Não… até é bom! Não pares com a mão… respondeu.
Ela com os olhos fechados e a testa apoiada na minha cavalgava corajosamente. Eu estava prestes a explodir, precisava de aumentar o ritmo mas a posição não era a melhor, não me premitia controlar o ritmo de penetração. Assim parei e cuidadosamente retirei o pénis.
- Que fazes? Perguntou ela.
- Vamos mudar de posição, quero comer-te por trás. Respondi.
Deslizei lateralmente do banco colocando-me de costas para o para brisas, sentado no tablier, enquanto ela se punha de joelhos no banco com o rabo bem espetado para mim.
- Vem. Disse ela.
Assim o fiz, penetrando-a no ânus com firmeza.
- Que delicia de rabo. Disse já doido de tesão.
- É todo teu… respondeu entre gemidos.
Aumentei o ritmo, abstrai-me de tudo o resto e preparei-me para gozar dentro dela.
- Oh! Isso… Tão bom! Gemia de prazer.
- Ui…Ui… Podes vir-te! Dizia ela.
Meti bem fundo e esporrei violentamente no seu rabinho.
- Oh! Oh… Ui… que delicia! Gemia eu de prazer.
- Oh! Isso… não saias, quero tudo dentro de mim… oh! Gemia ela.
- Oh! Encheste-me de esperma… Continuou ela.
- És um mimo! Uma delicia de mulher. Disse já refeitos do belo momento de sexo que tivéramos.
- Quero ver-te mais, mereces ser fodida todos os dias. Acrescentei.
- Não digas isso, não sou assim tão boa… respondeu meio tímida.
- És um mimo de menina, uma delicia! Quero estar contigo sempre… Disse eu.
- O tempo que tiveres para mim eu devolvo-te em dobro. Respondeu decidida.

Já passava da meia-noite quando a deixei em casa, nos dias que se seguiram só pensava nela. Aqueles momentos no carro tinham sabido a pouco, estava doido de desejo para estar novamente com ela. À muito tempo que não me envolvia com uma mulher assim: envolvente, meiga, carinhosa, muito sensual e sempre disponível. À minha medida.

A Flor, firme e delicada como uma margarida, cativa-me cada vez mais…